Dia desses li uma nota aqui no Blog de Jamildo sobre uma leitora indignada com a postura da CTTU, em negar socorro a ela, motorista, ao ser abordada por flanelinhas no Bairro do Recife.

Em nota, a CTTU disse que segurança é obrigação do Governo do Estado e não dela, um mero órgão gestor do trânsito municipal.

Ou seja, a PCR lavou as mãos e deixou a contribuinte a ver flanelas, literalmente.

Pois bem, outro caso me chamou a atenção.

Rua Martins de Barros.

Em frente à tradicional e história Praça 17, em pleno coração do bairro de Santo Antônio, defronte ao Fórum Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley.

A vizinhança com a Justiça poderia, a princípio, denotar que a insegurança e o medo não fazem parte do contexto da edificação que pertence à Prefeitura do Recife, ao que se sabe.

Construções que serviam como ponto de apoio das antigas linhas elétricas de ônibus da CTU e que agora resumem-se apenas a banheiros públicos estão causando terror aos passageiros de várias linhas de ônibus localizadas naquela via.

Transeuntes que por ali passam, testemunham diariamente flagrantes de assaltos, furtos e consumo corriqueiro de várias substâncias entorpecentes.

São cômodos em péssimas condições de conservação, danificadas pela ação do tempo e dos vândalos, paredes grafitadas, pichadas, azulejos arrancados, muito lixo e sujeira.

O ambiente é fétido e ameaçador.

Diante da ausência de espaços públicos, mantidos pela municipalidade para estacionamento no centro da cidade, o antro é o local disputado a tapa por quem trabalha nas imediações, apesar do espaço limitado e dos riscos.

No ano passado foram registrados casos de estupro, sequestros e até um homicídio.

A qualquer hora do dia, o consumo de drogas é verificado, para quem quiser ver.

Raramente o policiamento visita o local, até porque os policiais lotados no Thomaz de Aquino e no Ministério Público ficam limitados a promover a segurança nos limites dos prédios, só podendo avançar até a esquina com a Avenida Nossa Senhora do Carmo e a Praça Dezessete.

O que se questiona, inclusive é o porquê dos órgãos públicos simplesmente ignorarem esse problema, gestões a fio, sem que resolvam ou tentem equacionar o problema social, cadastrando os moradores de rua, menores infratores que perambulam e frequentam aquele espaço,dotar o centro do Recife de novas vagas de estacionamento e dar uma destinação melhor àquela edificação pública.

Espera-se que a municipalidade, ou seja, a Prefeitura do Recife acorde para a situação de abandono e risco social e procure estabelecer saídas para aquilo ali.

Assistência Social, gestão do trânsito municipal, cuidado com os pontos turísticos e passeios públicos, tudo isso poderia ser visto, para sanar aquele cenário desolador.

Parceria com o Governo do Estado, com a Secretaria de Defesa Social, poderia destacar duplas e equipes de monitoramento diário, nada do outro mundo, quando se quer e se prioriza o social, basta querer.

Ter boa vontade e transparência, Senhor Prefeito, já é um bom começo.

De um leitor atento do Blog de Jamildo