Por Angelo Castelo Branco, assessor da prefeitura de Ipojuca Quando as três esferas executivas da administração pública formalizam uma aliança política consistente e consolidam uma união de forças, as mudanças e aspirações de uma sociedade devem fluir com mais rapidez.
Os ganhos sociais ficam normalmente mais perceptíveis nas três dimensões.
Podem ser vistos, tocados, fotografados e verificados por estudos e pesquisas.
Tem sido assim quando os gestores da União, de um estado e de um município são eleitos por uma mesma sigla ou numa coligação de partidos.
A aliança objetiva do presidente da República com um governador e um prefeito abre possibilidades mais largas e deve ser aproveitada em sua plenitude de oportunidades.
Aqui em Pernambuco temos novamente um exemplo desse fenômeno democrático cujos protagonistas, União, estado e município, vêm dando força e contribuindo de fato com as vocações e alternativas inteligentes apontadas para o desenvolvimento.
O complexo industrial e portuário de Suape avança hoje numa velocidade chinesa como bendito fruto do bom senso que move os segmentos privados, governadores e presidentes.
O ano de 2011 começa com a revelação feita por pesquisas oficiais segundo as quais no município de Ipojuca, em cujos limites estão situados o porto de Suape com o parque industrial e o pólo de Turismo, foram oferecidas 16.413 vagas de trabalho, levando Ipojuca ao 19º lugar da lista em todo o Brasil, atrás apenas de capitais e das cidades de Campinas, Guarulhos e São Bernardo do Campo, todas no estado de São Paulo.
O efeito dominó do desenvolvimento industrial vai alem.
Finalmente o município ipojucano, começa a se apropriar politicamente dessa expansão econômica, na medida em que impõe um ritmo de obras estruturadoras e sociais em sua sede e seus distritos.
A miséria e a pobreza que há séculos penalizam a zona da Mata pernambucana começam a ceder espaço dando lugar a oportunidades que serão aproveitadas, sobretudo pelas novas gerações e pelas faixas ativas da população.
A mais recente turma de moças e rapazes submetidos a programas de curto prazo para capacitação profissional em eletricidade e reparos, promovidos em série pelo poder público municipal de Ipojuca, foi totalmente absorvida pelas empresas.
Estima-se que já há cerca de três mil ipojucanos inseridos nos postos de trabalho do litoral Sul, quando há menos de 10 anos esse número era irrelevante.
Admite-se que as unidades de ensino fundamental erguidas recentemente em Ipojuca, o espaço de treinamento denominado Nascedouro de Talentos, a Escola Técnica, os sucessivos programas de capacitação abertos à população e os estímulos aos jovens rumo aos cursos universitários, formam um conjunto de atitudes políticas que ensejam uma rápida transformação social em todo o município.
A expansão da economia gera cenários reais e o município passa a construir uma nova mentalidade nas asas de valores que certamente exigirão mudanças drásticas nos discursos de seus próximos candidatos a prefeito.
O pragmatismo desenvolvimentista estaria agora ocupando os espaços que antes eram disputados por discursos fáceis e críticas desprovidas de conteúdos e carregadas com interesse meramente pessoal.
O salto qualitativo econômico do litoral Sul vem, como é natural, despertando crescente e necessário interesse.
Entretanto a realidade exige que as analises e ponderações sobre as oportunidades políticas, que vão crescer muito mais em Ipojuca, estejam lastreadas em dados e números concretos.
Caso contrário caem em descrédito e nada agregam aos esforços institucionais que ali acontecem.
Há mais de dez anos que o Índice de Desenvolvimento Humano ou IDH do município não é atualizado pelo IBGE, e essa referencia conhecidamente defasada, tem sido costumeiramente considerada nas analises críticas sobre a região.
Na verdade, num curto espaço de cinco anos o quadro de Ipojuca foi drasticamente alterado.
A secular dependência da monocultura da cana de açúcar já ficou no passado.
Distritos como Nossa Senhora do Ó, fortemente mobilizado pelo Turismo e pela industrialização, dispõe hoje de uma rede de abastecimento e comércio que refletem uma escalada irreversível.
A pressão desenvolvimentista estimula os gestores privados e públicos numa velocidade inédita em Pernambuco.
Ruas estão alargadas, obras de saneamento estão sendo concluídas em Porto de Galinhas, escolas e parques estão sendo tocados, rodovias duplicadas, serviços médicos, hospitais e maternidades, serviços assistenciais para a baixa renda, informatização nas escolas públicas, internet sem fio grátis com sinal aberto, proteção de encostas e ações preventivas contra desastres ambientais, uma ciclovia com mais de 10 km de extensão numa área verde de preservação, são itens de um elenco de obras e iniciativas que tendem a se expandir por conta da ebulição social e econômica que impulsiona o litoral Sul e em especial Ipojuca LEIA MAIS » Ipojuca: PIB per capita maior que o dos EUA e IDH menor que o do Sri Lanka