Por Júnior Matuto, miltante do PSB A simples leitura do artigo “Contas no vermelho”, da suplente de deputada estadual Terezinha Nunes, demonstra uma clara ausência de conhecimento por parte da ex-parlamentar das transformações que o Estado de Pernambuco vem sofrendo, e dos alicerces sobre os quais foram construídos, nos últimos quatro anos, o momento especial vivido por Pernambuco, com auto estima do povo em alta, desenvolvimento econômico e social equilibrado e novas conquistas a cada dia.
Antes de mais nada, é preciso lembrar que, em janeiro de 2007, o Estado de Pernambuco tinha suas contas desequilibradas, com disponibilidade de caixa negativa a pelo menos quatro anos, apesar de ter vendido em 2000 a CELPE por quase R$ 2 bilhões.
O Tribunal de Contas do Estado, na análise da prestação de contas de 2006, constatou o descumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, ou seja, a realização de despesas sem cobertura financeira.
Diante de um cenário tão desfavorável, o ao Governo que se iniciava precisou fazer o seu dever de casa, trabalhando incansavelmente na otimização da capacidade de arrecadação do Estado e na melhoria da qualidade dos gastos públicos.
Diversos contratos foram cancelados, revisados e realinhados, possibilitando economias da ordem de mais de R$ 300 milhões nos últimos anos.
Com o dever de casa em andamento, o Estado teve condições de novamente investir em áreas essenciais, como saúde, educação, segurança e infra-estrutura.
Triplicamos a nossa capacidade de investimento e, em 2010, o Estado atingiu o patamar de investimentos antes inimaginável, ao investir R$ 2,5 bilhões em 12 meses.
A linha de crescimento do PIB de Pernambuco se descolou da linha de evolução do PIB Brasil.
Como conseqüência, dobramos o número de empregos gerados e a taxa de desocupação na região metropolitana chegou ficou abaixo dos 9%, menor percentual de toda a série histórica.
Para que se recorde, no último ano da era Jarbas/Mendonça a taxa de desocupação era superior a 16%.
Hoje, o Estado encontra-se numa situação equilibrada, mas com foco em manter seus níveis de investimento, e o superávit alcançado, da ordem de R$ 447,32 milhões, servirá para este fim.
Após um ano extremamente difícil, como foi o de 2009, reflexo da maior crise financeira mundial dos últimos 50 anos, conseguimos atravessar mantendo inclusive um elevado percentual de crescimento econômico (3,8%), enquanto a economia brasileira caía.
Logicamente, a suplente de deputada Terezinha Nunes não sabe disso, mas esta travessia só foi possível porque desde 2007 Pernambuco não vive mais com disponibilidade negativa de caixa.
O mais importante do superávit é saber que as despesas correntes, que são gastos com a manutenção da máquina, estão bem controladas.
Em 2010, as despesas correntes foram de R$ 16,3 bilhões, em confronto com receitas correntes da ordem de R$ 17,2 bilhões.
O percentual de comprometimento da dívida pública vem refletindo também a política responsável do Governo.
Em 2006 havia um comprometimento de 67,48% de nossas receitas com a amortização da dívida.
Em 2010, este valor é significativamente menor: 48,75%. É importante ressaltar ainda que o atual Governo de Pernambuco não busca simplesmente superávit, mas equilíbrio, que só foi alcançado depois de muito trabalho a partir de 2007.
Por fim é sempre bom enfatizar a maneira eficiente como a folha de pagamento foi vendida ao Banco Bradesco, que irá administrá-la pelos próximos cinco anos.
O Governo se preparou por todo exercício de 2010 para conseguir realizar um processo transparente e bem sucedido.
Situação muito diferente da que vigorava no tempo que Terezinha Nunes integrava o governo Jarbas: no primeiro contrato de cessão de folha de pagamento, feito no início de 2005, o estado recebeu apenas R$ 240 milhões, soma, sem dúvida alguma, muito pequena para seu verdadeiro potencial.
O resultado alcançado de R$ 700 milhões, quase três vezes maior que o obtido anteriormente, e que só poderá ser gasto com investimentos, será muito importante para continuar a realização das grandes transformações do nosso Estado, que infelizmente alguns, como a ex-deputada, não conseguem enxergar.
P.S.: Enfatizei a condição de suplente de deputada da ex-Terezinha Nunes, mas não fiz isso por considerar esta uma condição indigna.
Disputei a última eleição, apresentei propostas e me dispus a trabalhar pelo povo de Paulista e do litoral Norte e em favor de Pernambuco.
Tive uma boa votação, mas que foi insuficiente para me eleger.
Neste aspecto - e só nesse! - minha situação política é idêntica à de Terezinha.
PS do Blog:Junior Matuto é suplente de deputado estadual pelo PSB