O Globo e agências internacionais O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, enfrenta nesta segunda-feira uma audiência em Londres sobre sua possível extradição para a Suécia.

Assange chegou ao tribunal acompanhado por Helena Kennedy, uma de suas advogadas.

Ele não respondeu a perguntas de repórteres.

Autoridades suecas que pedem sua extradição para que seja julgado no país por acusações de abuso sexual.

Os advogados de Assange tentam fazer com que o juiz britânico Howard Riddle desista do pedido da Suécia.

A defesa alega que, no país, Assange poderá ser entregue aos Estados Unidos, onde poderia enfrentar pena de morte.

Segundo especialistas, porém, a extradição só é recusada em casos extremos, como em situações de violação de direitos humanos.

Em comunicado divulgado na internet, os advogados de Assange argumentam que o pedido de prisão foi feito para puni-lo por causa de sua atuação política, não por causa dos crimes sexuais.

A Secretária de Estado Hillary Clinton afirmou em diversas ocasiões que o governo americano vai tomar medidas agressivas para punir os responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas do país.

Documentos diplomáticos dos EUA são vazados desde o fim do ano passado pelo WikiLeaks, que já havia publicado papéis secretos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.

Um ex-analista militar que teria repassado os arquivos a Assange está preso.

O criador do site também foi preso no Reino Unido em dezembro pelas acusações que enfrenta na Suécia.

Ele pagou fiança após dias na cadeia e está em liberdade condicional.