Desde o final do ano passado no governo Lula que a Central Única dos Trabalhadores(CUT), vem realizando diversas manifestações na busca de um salário mínimo no valor de R$ 580,00.
Durante todo o mês de janeiro a CUT junto com outras centrais sindicais fez algumas mobilizações em prol da valorização do mínimo.
As centrais já tiveram uma reunião junto ao governo Dilma.
O presidente da CUT-PE, Sérgio Goiana, defende um aumento no salário mínimo como uma forma de distribuição de renda e que ofereça condições melhores aos trabalhadores. “Hoje 49 milhões de pessoas recebem o salário mínimo, ressaltamos a importância do aumento como forma de garantir que os trabalhadores tenham moradia, alimentação, saúde e lazer”, acentuou.
Ainda de acordo com Sérgio Goiana o valor atual de R$ 510,00 é inconstitucional. “É impossível um trabalhador ou trabalhadora viver com o valor que é pago atualmente.
O governo alega que não pode dar um aumento maior devido à crise mundial que ocorreu no ano passado, contudo não foram os trabalhadores os responsáveis”, destacou.
Goiana enfatizou que governo Dilma precisa aproveitar o bom momento da economia para a valorização do mínimo. “O que quebra o país é a sonegação de impostos, a má utilização do dinheiro público e isso não é culpa do trabalhador.
Temos que aproveitar o crescimento econômico que vivemos”, ressaltou.
Sindicalistas O diretor de Imprensa do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep-PE) e da CUT-PE, Fernando Lima, frisou o compromisso da entidade na defesa do aumento para R$ 580,00. “A CUT está no papel dela de defender o reajuste.
Sabemos que o governo tem totais condições de pagar o valor que foi definido pelas centrais desde o ano passado” assinalou.
O sindicalista afirmou que o governo Lula deveria ter aprovado o novo salário junto com o fator previdenciário, porque não iria quebrar o país e muito menos os empresários.
E completou: “O governo não precisa aumentar o imposto de renda como desculpa pelo aumento do mínimo”.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, destacou a importância do aumento na vida de milhões de trabalhadores. “O aumento do salário mínimo para R$ 580,00 tem o objetivo de garantir a manutenção da política de valorização do trabalhador, combater as desigualdades e fazer com que mais de 30 milhões de pessoas melhorassem de classe social”.
Jaqueline reforçou que o reajuste que está colocado no orçamento não contempla nem a inflação do período, e para a CUT, é imprescindível que haja aumento real.
A CUT-PE vai acompanhar toda a negociação envolvendo todas as centrais sindicais junto ao Governo Federal, na busca de um salário mínimo decente e que atenda as necessidades dos trabalhadores (as) num valor de R$ 580,00, visando principalmente a valorização para 53 milhões de brasileiros.