Cecília Ramos, do Jornal do Commercio Pequena e desunida.
Assim permanece a bancada oposicionista na Assembleia Legislativa, composta por dez deputados, mesmo depois de formalizar o nome de Antonio Moraes (PSDB) como o líder da oposição ao governo Eduardo Campos (PSB).
Logo após a entrevista coletiva do grupo, ontem, no plenarinho, para oficializar o tucano, os deputados Tony Gel (DEM) e Gustavo Negromonte (PMDB) deixaram o local para formalizar, junto à mesa diretora, um bloquinho dentro da própria bancada de oposição.
A iniciativa está prevista no Regimento Interno, mas não é comum na Casa de Joaquim Nabuco.
O líder do bloquinho é Tony Gel e o vice, Maviael Cavalcanti (ambos do DEM).
O terceiro integrante é Gustavo Negromonte (PMDB), que, por sua vez, é vice-líder da bancada, o bloco maior.
O trio, na verdade, pôs em prática uma ação que vinha sendo articulada desde novembro, antes da posse dos novos deputados.
Mas os propósitos eram outros: tentar ampliar participação na mesa diretora e nas comissões permanentes.
O PMN também integrava, mas foi “cooptado pelo PSDB”, como disse Tony Gel, soltando uma risada. “Não existe racha.
Nosso bloquinho já estava previsto.
Por que?
Porque também faz parte de uma estratégia, de política, de conquistar espaço”, disse Gel, prometendo atuar fiscalizando o governo. “Vamos fazer oposição.
E oposição não se adjetiva”.
DEM e PSDB não se bicam.
Gel rompeu com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, na eleição passada.
O tucano é apontado como o mentor da não indicação de Tony Gel para a liderança.
Ontem, durante a coletiva, quando Antônio Moraes foi questionado se Guerra havia participado do processo e se foi avisado do desfecho, esquivou-se: “Tem 30 dias que não me comunico com Sérgio”.
Gel, presente, sorriu.
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