Vereadores do PTB revoltados com João da Costa

Do Jornal do Commercio Apesar da boa vontade em melhorar a relação com os vereadores da Câmara Municipal, as tentativas de aproximação do prefeito João da Costa (PT) não surtiram efeito na primeira sessão ordinária deste ano.

Ao menos, para determinados grupos.

Enquanto a bancada de oposição questionou, ontem, o atraso no pagamento às empresas terceirizadas pela prefeitura, vereadores do PTB mostraram-se revoltados com a reação do gestor à ausência da bancada na cerimônia de posse dos suplentes, realizada na terça-feira.

Na ocasião, o prefeito chegou a dizer – em tom de ironia – nem ter “notado” a falta dos petebistas.

Os primeiros sinais de descontentamento com a declaração de João da Costa foram dados pelo vereador Antônio Luiz Neto (PTB).

Tudo começou quando seu correligionário Carlos Gueiros (PTB) justificou no plenário a ausência da bancada – formada ainda por Eduardo Marques (PTB), vice-presidente da mesa – na solenidade do dia anterior.

Contrariando os rumores de que as faltas teriam sido orquestradas para marcar posição política contra João da Costa, Gueiros alegou que os petebistas não compareceram por motivos pessoais.

Foi quando o presidente da Casa, Jurandir Liberal (PT), ratificou as justificativas e, cordialmente, disse ter notado as ausências mas que não precisou computá-las já que a presença dos vereadores era facultativa.

Ao fazer o aparte, Antônio Luiz Neto aproveitou a deixa para “agradecer” ao petista por ter dado falta da bancada. “Fico muito feliz ao perceber que o presidente notou nossa ausência.

Espero que essa Casa possa ser notada como uma verdadeira representante do povo”, disse, utilizando o mesmo verbo – “notar” – empregado na terça-feira por João da Costa.

Após a sessão, o destinatário do recado irônico foi confirmado pelo correligionário Carlos Gueiros. “O prefeito foi infeliz.

Como ele quer criar uma nova relação com a Câmara e diz que não notou a ausência de três vereadores?”, questionou, descartando, porém, a possibilidade da sigla migrar oficialmente para a oposição.