Do JC Online Após o incêndio no alojamento dos funcionários da Odebrecht, em Pontezinha, Cabo de Santo Agostinho, na noite dessa quarta-feira (2), a polícia agora aguarda o resultado das perícias realizadas no local que irão confirmar se o fogo foi provocado intencionalmente e poder, então, dar seguimento às investigações para punir os responsáveis.

De acordo com o delegado encarregado das investigações, Roberto Fonseca, representantes da empresa e funcionários ainda terão que prestar depoimentos para que ele possa se posicionar a respeito do caso.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, a empresa Odebrecht informou que o expediente de trabalho foi suspenso nesta quinta e sexta-feira e que uma equipe de peritos iniciará o processo de investigação do ato.

O incêndio atingiu 90% da estrutura do prédio e deixou dois funcionários feridos, eles receberam atendimento médico e já receberam alta.

A empresa não confirmou a informação de que os funcionários seriam imediatamente dispensados.

Segundo as informações repassadas no local, foram os próprios funcionários da empresa que atearam fogo no alojamento, inconformados com a decisão da Justiça que considerou ilegal a greve feita pelos trabalhadores.

O incidente ocorreu após uma audiência de conciliação realizada nessa quarta-feira, entre a empresa, o sindicato representativo da categoria (Sintepav) e a comissão dos trabalhadores, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Recife.

Os funcionários estavam em greve há uma semana e pedem que seja incluído no salário um aumento de 30% referentes à insalubridade da atividade.

Outra notícia que motivou a ação foi a de que os funcionários seriam demitidos por justa causa se não voltassem a trabalhar nessa quarta.

Os oito mil funcionários da Odebrecht trabalham no Polo Químico de Suape.

Na nota oficial, a Odebrecht “reitera sua posição de total cumprimento da decisão judicial e conta com o apoio da grande maioria de seus trabalhadores e do Sindicato para o pronto restabelecimento da ordem e do trabalho no canteiro de obras”.