Do Jornal do Commercio A balança comercial de Pernambuco atingiu, em 2010, um déficit histórico de US$ 2,16 bilhões (R$ 3,61 bilhões de acordo com a cotação do dólar de ontem).

Acontece que o resultado não deve ser encarado como ruim para a economia local.

Pelo contrário. É um indicador consistente da revolução industrial que ocorre atualmente no Estado.

Importações de máquinas e equipamentos milionários por empresas como o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) e Impsa, maior volume de artigos químicos por Petrobras e Mossi & Ghisolfi (M&G), trilhos de aço pela Transnordestina Logística e automóveis pela General Motors (GM) fizeram com que o volume de importações atingisse US$ 3,27 bilhões, um crescimento de 65,17% em relação a 2009, quando foi importado US$ 1,98 bilhão. “Pernambuco sempre teve um perfil importador.

E o salto no ano passado está ligado aos investimentos em curso no Estado.

O déficit não deve causar espanto.

E temos que ter em mente que quando Fiat e Refinaria Abreu e Lima estiverem produzindo, há grandes chances dessa balança mudar, pois Pernambuco passará a exportar veículos e petróleo refinado.

Sem contar o aumento nas exportações de borracha, que também deverá crescer”, comentou a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Patrícia Canuto.

Na lista das cinco maiores empresas importadoras estão, em ordem, a Petrobras (em 1º lugar), MG, EAS, Impsa e Cisa Trading (que presta serviços para a central de distribuição da GM em Suape).

Dois dos cinco produtos mais importados tem ligação direta com a cadeia petroquímica.

São o ácido tereftálico, utilizado para produção de resina PET, e o etanodiol, insumo para fabricação de poliésteres.

E figuraram pela primeira vez na balança guindastes para pórticos, automóveis e torres de ferro.

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