Do site da Veja, com agência Reuters Foto: Johannes Eisele/AFP Um grupo liderado por Daniel Domscheit-Berg, ex-vice-chefe do WikiLeaks, lançou nesta sexta-feira o Openleaks.org, site que pretende ajudar informantes a vazar informações dos bastidores da reunião entre a elite do mundo de negócios global em Davos. É a primeira alternativa direta ao projeto de Julian Assange – e um sinal de que novos serviços virtuais com a mesma proposta serão lançados nos próximos meses.
Daniel Domscheit-Berg ficou conhecido por ser antigo braço direito de Julian Assange, fundador do WikiLeaks.
Com seu novo trabalho, o especialista em TI quer que o Openleaks.org se torne um canal facilitador e mais seguro para a divulgação de informações confidenciais enviadas por pessoas comuns, de forma anônima.
O grupo pretende trabalhar, nas próximas semanas, em parceria com diversas publicações e sites de notícia, mas não deu detalhes sobre o funcionamento do sistema e quais sites ou organizações estão envolvidos com o projeto. “Precisamos criar transparência onde ela é rejeitada”, disse Domscheit-Berg, que tem base na Alemanha e também já esteve envolvido com o grupo de hackers alemão Chaos Computer Club. “É nossa obrigação como sociedade dar a essas pessoas qualquer proteção que possam precisar”, ressalta.
O software do site ainda não está disponível, mas os testes devem começar nos próximos meses. “Somos apenas um mecanismo para receber documentos das fontes.
E essas fontes são quem decidem para quem querem dar esses documentos”, disse Domscheit-Berg, acrescentando que muitos meios de comunicação já manifestaram interesse em uma parceria.
O OpenLeaks ainda precisa de financiamento - 1 milhão de euros para cobrir a infraestrutura técnica, além de salários, disse o especialista de TI alemão: “No momento, não temos nada”.
O grupo pretende levantar fundos via doações, bem como através de uma fundação na Alemanha, e irá publicar detalhes sobre seus apoiadores.
Até o momento, o site não está em seu funcionamento completo.
Por ora, Openleaks.org não recebe documentos por não ter pessoas suficientes para auxiliar no trabalho.