Da Agência Estado O Brasil assumirá a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, 1º, e irá comandar o grupo até dezembro de 2011.
O posto é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros do órgão.
Há anos, o Brasil tenta ocupar um assento permanente no conselho e defende sua reforma.
Ao assumir o comando, o objetivo é ampliar os debates para as áreas de conflito nas regiões mais pobres do mundo.
As informações são confirmadas pelas Nações Unidas.
No dia 11 de fevereiro, o Brasil promoverá um debate sobre as questões paz, segurança e desenvolvimento.
O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deverá participar das discussões.
Na ONU, o Brasil é representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti.
De acordo com diplomatas que acompanham as discussões nas Nações Unidas, o momento é de observar com atenção o que ocorre no Kosovo, no Congo e em Guiné Bissau, além dos efeitos do plebiscito no Sudão.
No ano passado, em sessão das Nações Unidas em nome do governo brasileiro, o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a reforma urgente da atual estrutura do Conselho de Segurança.
Criado em 1945, depois da Segunda Guerra Mundial, o formato do órgão estabelece que cinco países tenham assento permanente e dez ocupem provisoriamente, por dois anos, as vagas.
Uma das propostas em discussão é que, entre os seus integrantes permanentes, sejam incluídos mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África.
Atualmente, são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.
Já o Brasil, Turquia, Bósnia Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda são membros rotativos no órgão, com mandato de dois anos. É o Conselho de Segurança das Nações Unidas que autoriza a intervenção militar em um dos 192 países-membros da organização e também que estabelece sanções - como ocorreu com o Irã, em junho.
Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho, que define sobre o envio e a permanência de militares das missões de paz.
Em junho de 2010, Brasil e Turquia, que integram o Conselho de Segurança das ONU, votaram contra as sanções ao Irã.
O Líbano se absteve da votação, mas 12 países foram favoráveis às restrições.
Para a comunidade internacional, o programa nuclear do Irã é suspeito de produção secreta de armas atômicas.
Os iranianos negam.