Ed Ruas, Especial para o Jornal do Commercio O deputado federal Raul Henry (PMDB) confirmou, ontem, a criação do grupo “Afirmação Democrática”, uma corrente composta por cerca de 15 parlamentares peemedebistas que discordam da “política fisiológica” praticada pelo partido atualmente. “É uma corrente que tem o objetivo de reconstruir a identidade histórica do partido.

Acabar com essa coisa de busca de cargos, de fisiologismo.

Nossa primeira proposta é tocar a reforma política, com financiamento público de campanha e voto distrital misto.

Não podemos continuar desse jeito, onde o que define a eleição é dinheiro.

Está impraticável isso”, protestou o pernambucano.

De acordo com Raul, as ações e propostas da corrente serão tornadas públicas através de um manifesto, que será lançado na primeira semana de legislatura.

O peemedebista defendeu ainda a inclusão de parlamentares de outras siglas. “Queremos convidar lideranças de outros partidos para abraçarem essa agenda legislativa.

A presidente não vai mandar nada polêmico para o Congresso, já disse que vai fazer só o feijão com arroz.

Nesse grupo (de peemedebistas) tem gente que votou em Serra e Dilma”, ressaltou.

Ao se questionado sobre críticas aos parlamentares com cargos no governo, que teriam surgido na reunião da corrente, na última quarta-feira, em Brasília, Raul Henry esquivou-se dizendo que o objetivo da corrente é “produzir uma agenda para o País”.

Mas não poupou o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Esperamos atuar dentro do partido, em defesa da criação de uma agenda legislativa para o Congresso, lançar o nosso manifesto dizendo qual a nossa orientação política, que não participamos dessa turma do Eduardo Cunha”.

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