Paulo Augusto, do Jornal do Commercio Pesquisa recente produzida pela Escola de Direito de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o Congresso Nacional e os partidos políticos são as duas instituições menos acreditadas pelos brasileiros, numa lista que inclui as Forças Armadas, grandes empresas privadas, o Judiciário e o governo federal, só para citar alguns exemplos.
Na próxima terça-feira, 513 deputados e 81 senadores vão estar iniciando uma nova legislatura em Brasília com o desafio – nada simples, diga-se de passagem – de reverter esse quadro.
Um desenho (mal) construído a partir de uma série de escândalos, especialmente no campo ético, que praticamente não faz distinção de partidos e ideologias.
Os desvios de conduta têm sido pluripartidários.
O rol de casos que ajudaram a desconstruir a imagem das Casas – Senado Federal e Câmara dos Deputados – é vasto.
Vai desde a conhecida farra das passagens aéreas, passando pelas horas extras pagas a funcionários em férias, contratação de parentes e funcionários fantasmas, até os surpreendentes atos secretos do Senado.
Personagens famosos nos últimos quatro anos, brilharam nas páginas de jornais e noticiários de TV nomes com o “eterno” presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Edmar Moreira (PR-MG), também conhecido como o deputado do castelo, Agaciel Maia (ex-diretor geral do Senado, eleito deputado distrital) e o deputado federal Fábio Faria (PMN-RN), só para citar alguns.
Apesar da situação nada animadora – e do reconhecimento por parte de muitos parlamentares das dificuldades de credibilidade do Congresso –, alguns acreditam que é possível, aos poucos, mudar o quadro.
Político experiente, voltando à Câmara dos Deputados após quatro anos na planície, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire – eleito deputado federal por São Paulo –, reconhece os momentos difíceis da Casa, mas não vê a legislatura passada como a mais trágica da história.
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