Do JC Online O protesto contra o aumento das passagens de ônibus promovido pelos movimentos estudantis de Pernambuco, na tarde desta sexta-feira (28), na região central do Recife, terminou em tumulto.

Dois estudantes que participavam de uma corrente humana para bloquear o trânsito na Avenida Agamenon Magalhães foram atropelados por um motorista.

O incidente ocorreu próximo à Mc Donald’s, no Parque Amorim.

O condutor do veículo, um Honda Civic de cor prata, mesmo depois de atingir os dois estudantes, não parou o carro.

Um dos jovens conseguiu se jogar na pista, mas o outro foi arrastado por cerca de cem metros.

O motorista só parou o carro quando foi cercado pela polícia.

O estudante arrastado sofreu ferimentos leves na perna.

Confira, abaixo, sequência de imagens do atropelamento.

O flagra foi feito pelo fotógrafo da JC Imagem Guga Matos.

Com o objetivo de proteger o condutor de uma possível reação dos manifestantes, os policiais fizeram a escolta do carro até a entrada do prédio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O veículo entrou no edifício e o motorista não foi identificado.

A presidente da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), Stephanny Vilela, reprovou a atitude do motorista.

Ela também afirmou que não conhecia os jovens atropelados. “O nosso movimento conta com apoio de muita gente.

Não conheço e não sei informar os nomes dos estudantes atingidos”, disse.

MOVIMENTO - Além da UESPE, outra entidades estudantis participaram da passeata, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Juventude Rebelião (UJR) e membros dos Diretórios Centrais dos Estudantes das Universidades Federal, Rural e Católica de Pernambuco.

Os estudantes decidiram ir às ruas mais uma vez depois que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deu parecer favorável ao Grande Recife Consórcio de Trânsito, arquivando o procedimento administrativo que analisou o reajuste em 8,66% das passagens de ônibus do Recife e Região Metropolitana.

A passeata, além de protestar contra a decisão, tinha como objetivo pressionar a realização de um encontro com o secretário das Cidades, Danilo Cabral.

No entanto, a reunião não aconteceu.

Ao chegarem à Secretaria das Cidades, onde se reuniriam com o secretário Danilo Cabral, os cerca de 75 estudantes se depararam com as portas fechadas e o prédio cercado por policiais da Rádio Patrulha.