Ed Ruas, Especial para o Jornal do Commercio O presidente estadual do PPS e deputado federal Raul Jungmann fez, ontem, duras críticas à postura do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa (PDT).
As declarações foram motivadas, segundo Jungmann, pela posição “arbitrária” do pedetista de se opor à escolha do deputado estadual eleito Daniel Coelho (PV) como líder do bloco de oposição para a próxima legislatura.
O pós-comunista defendeu o direito dos parlamentares do bloco sobre a indicação, que não poderia sofrer interferência, nem mesmo do presidente da Casa. “Este gesto de Uchoa é extraordinariamente autoritário.
Não cabe jamais, dentro de um regime democrático, uma postura dessa.
Isso só aconteceria em uma ditadura”, disparou o parlamentar.
Na visão de Jungmann, a intervenção de Uchoa tem o incentivo do governador Eduardo Campos (PSB), autor da costura do ingresso do PV na aliança governista. “Não cabe ao governo, ao Executivo, indicar quem é ou quem não é da base de oposição.
Isso não existe.
Há uma questão democrática em jogo”, avaliou.
A declaração faz referência à nota divulgada por Uchoa, onde afirma que irá aguardar uma lista enviada pelo Palácio dos partidos integrantes da aliança, além de evocar o regimento da Casa para questionar a escolha de Daniel para o cargo.
De acordo com Jungmann, apenas o partido de Daniel Coelho poderia ter alguma interferência na escolha.
Mas alertou que seria lamentável tal conduta. “Apenas o próprio PV pode negar a liderança.
Isso se fechar questão e cassar o mandato de Daniel.
Espero que não o faça”.
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