Da CNI O desempenho da indústria brasileira em 2011 será menor que o do ano passado.

As previsões dos empresários sobre a demanda e a compra de matéria-prima recuaram em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2010.

No primeiro mês deste ano, o indicador de expectativa da demanda para os próximos seis meses foi 58,1 pontos, ante os 62,9 pontos registrados em janeiro de 2010.

No mesmo período, o indicador de perspectivas de compras de matérias-primas caiu de 59,8 pontos para 56,8 pontos, informa a pesquisa Sondagem Industrial do quarto trimestre de 2010, divulgada nesta quinta-feira, 27 de janeiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem.

Valores acima de 50 pontos indicam expectativas positivas.

Além da redução do otimismo com o mercado interno, os empresários estão pessimistas com o desempenho das exportações.

Eles acreditam que as vendas externas de suas empresas cairão nos próximos seis meses.

Em janeiro de 2011, o índice de expectativa da quantidade exportada foi de 49 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos.

O resultado ficou acima do registrado em dezembro de 2010, quando o indicador foi de 48,3 pontos.

Os números de produção e de uso da capacidade instalada no quarto trimestre de 2010 também indicam que o ritmo de crescimento da atividade industrial em 2011 será moderado.

O indicador de produção recuou em dezembro para 44,7 pontos, 5,3 pontos abaixo da linha divisória de 50 pontos.

O resultado da produção em dezembro é menor que o de novembro, quando foi de 52,7 pontos.

A utilização da capacidade instalada em dezembro foi inferior ao usual para o mês.

O indicador, que caiu para 48,2 pontos, foi o menor valor do ano.

Em novembro, tinha alcançado 50,4 pontos.

FALTA DE MÃO DE OBRA - A Sondagem Industrial indica ainda que 30,2% dos empresários se queixaram da falta de mão de obra qualificada no quarto trimestre de 2010.

O número é maior que os 26,5% registrados no trimestre anterior.

O número de indústrias que reclama da falta de trabalhador qualificado cresce desde o primeiro trimestre de 2009.

A carência de profissionais é o terceiro maior problema enfrentado pelas empresas.

Perde apenas para a alta carga tributária e a competição acirrada de mercado.

No quarto trimestre de 2010, o peso dos tributos foi considerado por 62,7% dos entrevistados como o maior obstáculo enfrentado pela indústria.

No período anterior, esse percentual era de 65,3%.

A competição acirrada de mercado foi lembrada por 40,3% das empresas, ante os 40,5% do trimestre anterior.