Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo A empresa Lanxess, que sofreu incêndio ontem, já vinha sendo alertada há pelo menos dois anos sobre o risco de acidentes com trabalhadores.
A denúncia foi feita ao Blog pelo presidente do Sindborracha, Hindemburgo Lopes.
Ele conta que a empresa demitiu 20% dos seus funcionários e hoje tem apenas 120 trabalhadores. “Se nada for feito, vão ocorrer outros acidentes ainda mais graves”, diz. “O mais preocupante é que eles querem aumentar a produção, sem aumentar a mão de obra”.
O investimento para aumento da capacidade produtiva deve ser de 20 milhões de euros, diz o tesoureiro do sindicato.
Em junho do ano passado (2010), os acidentes da empresa foram tema do jornal dos sindicatos. “Naquela época, se houvesse tido explosão, pelo menos dois trabalhadores teriam morrido”, diz.
A equipe de segurança do trabalho funciona em horário administrativo, até o começo da noite.
A fábrica funciona em horário ininterrupto. “Não há preocupação quanto à segurança dos trabalhadores”, dispara.
Outra crítica do tesoureiro é quanto à manutenção das máquinas do local. “A manutenção deixa a desejar, a equipe é composta por pessoas com pouca experiência na área petroquímica”, denuncia.
A jornada é de oito horas diárias, mas por conta da redução da mão de obra, os empregados fazem grande número de horas extras, segundo Hindemburgo.
Ele tem 64 anos e trabalha na Lanxess há 36.
Começou como estagiário e hoje ocupa o cargo de técnico em química.
A empresa funciona com esse nome há aproximadamente cinco anos.
Os trabalhadores recebem adicional de periculosidade (30%) no salário, devido ao risco inerente aos produtos utlizados na fábrica.
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