Da Folha.com Os deputados do PSDB que tomam posse no dia 1º de fevereiro assinaram nesta quarta-feira um manifesto para reconduzir o senador Sérgio Guerra (PE), eleito como deputado, para a presidência tucana.

Pegos de surpresa, 53 dos 55 dos deputados presentes na reunião assinaram o documento.

A bancada se reuniu para dar posse ao novo líder, deputado Duarte Nogueira (SP), ligado ao governador Geraldo Alckmin.

No encontro, o partido enfatizou a necessidade de fazer uma oposição mais contundente e de dar início a uma reestruturação interna.

Em discurso, Guerra disse que todo mundo esta pensando nessa “agenda, de mudar o partido, de fazê-lo forte em todo lugar, renová-lo”.

O senador citou os Estados do Rio de Janeiro, Amazonas e Pernambuco, além do Distrito Federal, como os locais que mais precisam de mudança.

Em sua opinião, Nogueira, junto com o novo líder do Senado, Alvaro Dias (PR), precisam comandar as críticas ao governo federal.

Diferente dos governadores eleitos, diz ele, que precisam pensar em termos mais estruturais.

Afirmou ainda que o senador eleito, Aécio Neves, um dos mais cotados para sair como candidato à presidência da República, vai ser um dos comandantes desse processo no Congresso. “A sociedade pede isso.

O Brasil é outro, por isso também precisamos mudar.

Defendo essa discussão em um seminário, para acontecer depois da posse”, afirmou o novo líder na Câmara.

Deputados presentes no encontro, inclusive Guerra, negaram que a escolha de Nogueira seja uma indicação de que Alckmin esteja ganhando força no partido. “Não podemos continuar nessa de você está em tal lado, de intrigas.

Temos que acabar com essas fofocas mentirosas.

Duarte não é o líder de Alckmin, Serra ou Guerra, de ninguém, é o líder da bancada”, afirmou o presidente tucano.