Veja a entrevista completa daqui a pouco, em tópicos.

Transnordestina Já temos ajuízadas ações de desapropriação que remontam a 90% do quadro.

Temos um monitoramento constante, em um esforço de sintonia fina para que a obra avance sem problemas.

Sempre buscamos fazer negociações, amigáveis, para evitar passivo no futuro, afinal são mais de 2 mil ações.

Não teríamos feito isto sem a parceria do Poder Judiciário.

As pessoas dos outros estados procuram saber como se fez tanto, em tão pouco tempo.

No começo, foram mais de 1,2 mil ações em um mês.

Uma doidice.

O governador Eduardo Campos havia assumido um compromisso com a ministra da Casa Civil, Dilma, para tirar a obra do papel.

São cerca de 900 quilômetros, entre Suape e o Piauí.

Recuperação de créditos fiscais É a nossa ação mais visível, com a cobrança da dívida ativa.

Nós estabelecemos metas de arrecadação, sobre o estoque da dívida.

Elas são pactuadas com os procuradores.

Apostamos hoje no que é recuperável, nas ações e negociações que podem render resultados concretos.

Com empresas extintas há mais de 20 anos, os débitos prescrevem e não temos como chegar ao patrimônio dos sócios.

Assim, na prática, temos como prioridade o que é recuperável.

Resultado em números No ano de 2006, a procuradoria recuperou R$ 19 milhões.

No ano de 2007, sob nova gestão (Eduardo Campos), logo no primeiro ano tivemos R$ 44 milhões.

Em 2008, 73 milhões.

Em 2009, foram R$ 112 milhões.

No ano passado, 2010, batemos um recorde com R$ 123 milhões. Áreas para novos projetos Com essas negociações fazemos acordos com os devedores e recebemos muitas áreas. É o caso da Hemobrás, em Goiana, de boa parte da refinaria Abreu e Lima e da própria expansão de Suape.

Enxugando gelo Apesar de comemorarmos estes resultados, eles também mostram que a gente foi ineficiente durante muito tempo.

A Procuradoria Geral do Estado deixou-se submergir diante de um grande número de processos.

Os próprios procuradores dizem que passaram um bom tempo enxugando gelo.

Assim, o que buscamos é o aperfeiçoamento institicional.

Desafio é ser mais célere Na área judicial, de análise de contratos, de suporte as ações do Estado, o nosso desafio é tentar estabelecer procedimentos internos e externos, visando sempre uma análise mais célere.

Estudamos baixar portarias prevendo no máximo dez dias de análise em processos mais urgentes e 30 dias para processos menos urgentes.

Algumas pessoas reclamam que as coisas demoram na procuradoria.

Já nos reforçamos com 20 novos procuradores, no ano passado, mas nunca vamos ter uma situação de folga.

Quanto mais eficientes formos, mais trabalho vai aparecer.

Procurador não pode viver na beira da piscina nunca.

Revolução É uma diretriz do governo a cobrança de prazos.

Em comparação aos outros estados, a implantação de um modelo de gestão é uma revolução que está acontecendo na administração pública.

O próprio governador se pergunta como se fazia antes sem estes mecanismos de controle. É algo que chega para ficar, seja qual for o administrador.

Com chefes treinados para monitorar.

Há entusiasmo com as metas.

As metas são pactuadas com os servidores.

Aqui na procuradoria, a proposta de organização está sendo feita por eles mesmos.

PPPs Não se pode ignorar a força da iniciativa privada, sem esquecer o papel indutor do estado.

Muitas vezes, o que para o governo é uma dificuldade, para a iniciativa privada é uma oportunidade.

Quem é Thiago Arraes de Alencar Norões, 42 anos, procurador do Estado desde 1993, é o novo nome indicado pelo governador Eduardo Campos para comandar a Procuradoria Geral do Estado.

Procurador de carreira, Thiago Norões nasceu em 16 de março de 1968, no Crato, no estado do Ceará.

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1991 e, em 1993, foi aprovado no primeiro concurso público da Procuradoria Geral do Estado, quando passou a fazer parte do quadro da instituição.