Carlos Alberto Fernandes, em artigo no Jornal do Commercio O governo do PT, por caminhos contraditórios ao seu discurso histórico, atingiu os objetivos macroeconômicos desejados.

Garantiu bons indicadores de crescimento econômico, distribuição de renda, geração de emprego, estabilidade monetária, e diz ser satisfatório, o desempenho da chamada eficiência alocativa.

Tudo como indicado nos compêndios de economia.

Todavia, o discurso de combate a pobreza tem prazo de validade.

Afinal, investir nos núcleos produtivos da economia é necessidade política e estratégica dos países emergentes.

Sem sombra de dúvidas, os auspiciosos resultados econômicos do governo, deveu-se a ação competente e pragmática de Antonio Palocci e Henrique Meireles, encampada por Lula na esteira da política macroeconômica do Plano Real.

Presentemente, a atual formação do núcleo duro do governo Dilma Rousseff sugere que o pragmatismo que permeou o governo Lula se manterá vivo.

Nesse sentido, apesar da ciclotimia do estatismo - que algumas vezes atingiu o discurso dos petistas -, nada indica que a ação racional e pragmática do governo vá mudar.

A ação macroeconômica será mantida e a responsabilidade fiscal será restaurada, haja vista o término de mais um ciclo eleitoral.

Assim, o corte de gastos voltará com força.

Leia mais no JC PS: Carlos Alberto Fernandes é economista e professor da UFRPE