Da Câmara do Recife Longe de estar restrito ao Brasil, o Bullying nas escolas é um problema mundial, que acontece em instituições de todos os níveis sociais, sejam elas públicas ou privadas, urbanas ou rurais.
O assunto - que preocupa pais, professores e gestores de toda parte - vem recebendo apoio do Poder Público na busca de uma solução.
Além de uma legislação nacional, o Bullying no Recife ganhou mais um reforço.
A Lei 17.682/11, sancionada este mês, inclui no Projeto Pedagógico das Escolas Municipais medidas de conscientização, prevenção, identificação e combate à prática destas ações.
A iniciativa foi da Dra.
Vera Lopes (PPS).
O termo Bullying é usado para descrever tipos diferentes de comportamento que visam ferir ou controlar outra pessoa.
Basicamente, tem a ver com fazer alguém se sentir inseguro, insignificante ou amedrontado.
Algumas vezes é cometido por um indivíduo e, em outras, por um grupo. “São exemplos de Bullying: promover e acarretar a exclusão social; subtrair coisa alheia para humilhar; perseguir; discriminar; amedrontar; destroçar pertences; instigar atos violentos, inclusive utilizando-se de meios tecnológicos e ambientes virtuais”, explica a autora.
De acordo com o projeto, as medidas de conscientização devem fazer parte do Regimento Interno de todas as escolas públicas e privadas de educação básica do Recife, ou seja, do Ensino Infantil ao Médio.
Mais do que prevenir, diagnosticar e combater o Bullying, a intenção da nova lei é conscientizar a comunidade escolar sobre o problema, orientar os envolvidos, capacitar a equipe pedagógica e os funcionários, além de envolver a família no processo de construção de uma cultura de paz nas escolas.
Vera Lopes lembra, “mais que atitudes negativas e agressivas, o Bullying é a combinação entre a intimidação e a humilhação das pessoas”.
Em outras palavras, é uma forma de abuso psicológico, físico e social. “Provoca baixo aprendizado, êxodo escolar, afetando sobremaneira a saúde daquele que é vítima, podendo ser acometido por depressão, ansiedade, estresse, dores não-especificadas, perda de auto-estima, problemas de relacionamento e até mesmo podendo ser levado ao uso de drogas e álcool”, cita.
Na justificativa do projeto, Vera ainda alertou sobre a necessidade de intervenção dos governantes no assunto. “Cumprindo com sua função de assegurar o bom exercício da cidadania e da dignidade da pessoa, de acordo com a Constituição Federal”.