Evandro Éboli, em O Globo A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou duramente a iniciativa do Ministério da Defesa de recorrer à Justiça Federal e pedir uma investigação para tentar localizar cinco desaparecidos políticos que supostamente podem estar vivos.
Em resposta à decisão judicial que determinou que investigasse esse caso, a Polícia Federal também se negou a participar da operação.
A PF informou que essa não é sua atribuição e disse que a tarefa pode ser executada pelo Grupo de Trabalho Tocantins (GTT), criado pelo governo para localizar ossadas.
Ex-integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos, Rosário disse que jamais a Secretaria de Direitos Humanos recebeu informação sobre o possível paradeiro desses militantes do PCdoB que atuaram na Guerrilha do Araguaia.
Ela acha desnecessário recorrer ao Judiciário. — Informações ajudam, especulações, não. É preciso respeitar as famílias, e na secretaria trabalhamos com a convicção de que os 136 desaparecidos (incluídos os cinco listados pelo governo) foram executados e tiveram seus corpos subtraídos — disse Rosário. — Não considero que seja necessário (recorrer à Justiça), mas, se alguém tem alguma informação, é responsabilidade do Estado indicar o que ocorreu e a localização.
Vamos continuar essa busca se houver informação precisa, não só para jogar confusão.