Jorge Cavalcanti, do Jornal do Commercio Disposto “a ganhar as ruas”, o prefeito do Recife, João da Costa (PT), retorna hoje ao cargo após 101 dias de licença médica em decorrência de um transplante renal.
A cirurgia e a recuperação foram bem sucedidas.
Agora, João da Costa volta ao comando do município em meio a mais um embate entre criador e criatura.
Em resposta às entrevistas do prefeito publicadas no fim de semana, o ex-prefeito e deputado federal eleito João Paulo (PT) – responsável pela ascensão política do atual gestor – o classifica como “arrogante”, característica que nem mesmo o mais ferrenho opositor teve a iniciativa de apontar em público.
Numa nota pequena, de apenas quatro tópicos, João Paulo ainda põe o dedo na ferida do PT e da Frente Popular: o desempenho abaixo do esperado da terceira gestão consecutiva do PT à frente da capital, visto com ceticismo até por aliados, o que pode pavimentar o retorno das oposições ao poder. “O atual prefeito tem que deixar de lado a sua arrogância e tomar todas as medidas para melhorar a sua gestão.
A cidade esta precisando!”, diz um trecho do texto.
João Paulo tomou a iniciativa de divulgar a nota para rebater o fato de João da Costa ter dito, como forma de justificar o esforço na segunda metade da gestão, que recebeu como herança dos oito anos de João Paulo na prefeitura um resto a pagar de R$ 110 milhões, e apenas R$ 10 milhões em caixa. “Todas as informações a respeito da situação financeira da minha gestão foram publicadas no Diário Oficial do município.
O atual prefeito, inclusive, tem conhecimento, pois foi meu secretário durante os oito anos e participou de todos os núcleos de coordenação e decisão de governo”, frisou João Paulo. À época, João da Costa integrava o núcleo duro, ao lado de Múcio Magalhães (hoje vereador) e Lygia Falcão, ambos ainda hoje ligados ao ex-prefeito.
E foi bancado pelo padrinho para ser candidato único da base aliada em meio a resistências dos aliados.
Leia mais no JC