Foto: Reprodução de internet Atualizado às 14h29 O deputado federal e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), foi convidado na manhã desta quarta-feira (12) para ingressar no PDT.
Ele se reuniu com os deputados Paulinho da Força Sindical e Múcio Magalhães, em Brasília.
O por enquanto petista fez mistério sobre seu futuro político.
O convite foi feito na casa de Paulinho e durou cerca de 40 minutos.
João Paulo resumiu o encontro como sendo apenas “uma primeira conversa”, mas não informou quando haverá uma nova reunião. “É lógico que você tem que fazer reconhecimento do convite.
Esta foi uma primeira conversa”, disse ao Blog de Jamildo.
Questionado sobre como se sentia ao sair da reunião, João Paulo foi evazivo. “É…
Deixa a coisa decantar.
Agradeci o convite e ficou por isso”, afirmou.
O ex-prefeito do Recife fez questão de dizer que telefonou para o deputado federal Paulo Rubem Santiago e para o vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, ambos integrantes da legenda.
CONTEXTO - O titular do Blog, Jamildo Melo, já escreveu aqui que lideranças petistas costumam dizer, nos bastidores, que jamais o petista João Paulo contaria com a legenda para uma nova aventura majoritária no Estado, depois de ter passado pela Prefeitura da Cidade do Recife.
Os grupos de João Paulo e Humberto Costa eram antagônicos, mas a passagem pela PCR tornou mais agudas as diferenças.
Os humbertistas reclamavam de terem sido escanteados e massacrados na época.
Contra o então prefeito, até a reação ao episódio do mensalão foi levantado como argumento.
A corrente de HC dizia que ele não defendeu Lula.
João Paulo, numa atitude isolada, para mostrar força, lançou o desconhecido João da Costa para sucedê-lo, escudado na alta popularidade da gestão, mas passando por cima dos aliados.
Bancou e ganhou a aposta, sem contar que Costa iria bandear-se para o lado dos adversários dentro do próprio partido.
Com a eleição de Humberto Costa para o Senado, o espaço de manobra de João Paulo diminuiu mais ainda.
A nomeação do deputado Maurício Rands para uma Secretaria no Governo Eduardo foi a sinalização final de que o grupo de HC escolhera o aliado para ser o plano B para a disputa municipal, caso João da Costa não consiga recuperar a popularidade da gestão.
Só não se sabe se é grande negócio ser liderado de Guilherme Uchoa, do mesmo partido do vice de Eduardo.
O deputado estadual consegue ser mais submisso à gestão Eduardo Campos do que o grupo de Humberto Costa.
Ou seria uma opção criada pelo Palácio do Governo para enfrentar o próprio PT, em um classico João da Costa contra João Paulo?
Só o tempo dirá.
João Paulo tem votos, mas não tem o controle do partido.
Melhor ir para um partido controlado do que não ter alternativas reais de poder?