Ed Ruas, Especial para o Jornal do Commercio Após perder espaço nos ministérios, com a nova composição feita pela presidente Dilma Rousseff (PT), o PMDB começa a pressionar pelos cargos de segundo escalão.

Com isso, o PSB deve entrar em campo nos próximos dias para manter o comando da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), entidade ligada ao Ministério de Minas e Energia, comandado pelo peemedebista Edison Lobão (MA).

No entanto, o atual presidente do órgão, Dilton da Conti, dificilmente continuará no cargo.

O nome mais cotado para substituí-lo é o do atual secretário de Recursos Hídricos do Estado, João Bosco.

Nos bastidores socialistas, a saída de Dilton seria motivada pelo sentimento de que “ele poderia ter feito mais” à frente da Chesf.

No entanto, aliados reconhecem que quando o órgão perdeu sua autonomia para a Eletrobras, o presidente perdeu amplitude nas ações, já que a decisão de investimentos superiores a R$ 78 milhões não é mais da companhia.

Oriundo da Chesf, João Bosco seria a aposta do governador Eduardo Campos (PSB) para dar “mais gás” ao órgão.

O atual secretario do governador teve uma gestão aprovada nos últimos quatro anos e, por isso, foi um dos poucos que se manteve na reformulação do secretariado para o segundo mandato.

A Chesf perdeu autonomia devido a uma mudança feita no seu estatuto pela Eletrobras – que é a sua dona – em 2008.

A promessa de modificar o estatuto da Chesf para lhe devolver a autonomia foi feita pelo presidente em exercício da Eletrobras, Ubirajara Rocha Meira, quando visitou o Recife em maio de 2010.

Na ocasião, Meira disse que a alteração seria concluída em seis semanas, mas até agora nada foi modificado.