Do Jornal do Commercio Um motobói, que passava pela BR-232, na manhã da última quarta-feira, quando ocorreu o confronto entre policiais civis e federais, garantiu que um dos agentes do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) ajudou a socorrer o policial federal Jorge Washington Cavalcanti, baleado no tiroteio.
O motobói chegou a ser detido pelos policiais do Denarc como suspeito, mas comprovou que havia ido deixar a esposa no trabalho e voltava para casa, na hora da confusão. “Um policial mandou eu parar a moto e deitar no chão.
Depois do tiroteio vi quando eles ajudaram a colocar um senhor ferido no táxi.
Depois ainda fui para a delegacia e eles me liberaram após confirmar que eu estava passando por acaso”, explicou o motobói.
A informação da testemunha reforça as declarações prestadas pelos três agentes do Denarc no interrogatório realizado na última quinta-feira.
Fontes ligadas à equipe do Denarc envolvida no tiroteio que resultou na morte do agente federal Jorge Washington Cavalcanti e deixou ferido o colega dele, Silvio Romero Moury Fernandes, relataram ao JC a versão dos policiais civis.
Toda a operação de captura do traficante que vinha de Fortaleza com 17 quilos de pasta base de cocaína era oficial e de conhecimento da direção do departamento.
A informação de que o criminoso chegaria ao Terminal Integrado de Passageiros na manhã da quarta-feira chegou de última hora.
Por isso, os policiais federais conseguiram prender o bandido primeiro, assim que ele desceu do ônibus.
A equipe do Denarc recebeu um segundo informe de que a droga seria repassada em um ponto de ônibus da BR-232.
Os agentes Roberto Carlos, Fabiano Ponciano e Leandro Barbosa montaram a campana e aguardaram.
Eles estavam sabendo que o traficante chegaria ao local em um táxi. “A informação era de que viria um traficante com a droga em um táxi.
Quando o veículo chegou, nosso pessoal avistou outros dois homens armados (os policiais federais) no banco de trás.
Eles abrem a porta bruscamente e um deles atira.
Não existia outra reação a não ser atirar de volta para se proteger.
Os colegas agiram com profissionalismo.
Havia o motorista do táxi e o traficante.
Nenhum deles foi atingido.
Apenas os dois policiais federais, que atiraram de dentro do carro.
Não houve execução.
Apenas um tiro acertou cada um deles.
Infelizmente ocorreu uma grande fatalidade.
Os agentes do Denarc estavam fazendo seu trabalho, assim como os policiais federais”, afirmou uma fonte da Polícia Civil, que preferiu não se identificar.
Os três agentes envolvidos diretamente no tiroteio e mais um delegado e um quarto agente estão afastados de suas funções, enquanto a PF investiga o caso.