Editorial do Jornal do Commercio O governador Eduardo Campos tomou posse para cumprir seu segundo mandato, modificou profundamente o secretariado e colocou no papel um programa de governo que busca melhorar os indicadores na educação, na saúde e nos gastos públicos.
Entre essas promessas, está a implantação de 47 novas escolas técnicas, criação de 140 novas escolas de referência e a interiorização da Universidade de Pernambuco (UPE).
Há muito por fazer em todos os setores e em todas as regiões, mas se a educação for mesmo uma das prioridades do segundo mandato, o governador tem tudo para cumprir uma gestão ainda mais bem avaliada do que foi o seu primeiro mandato, uma expectativa que levaria o governo a ser aprovado pela quase unanimidade dos pernambucanos.
Tomando por base o que foi feito na saúde, não há nenhum motivo para duvidar dos propósitos do governador Eduardo Campos.
Ele anunciou – durante a campanha que levou a sua primeira vitória como governador –, que daria atenção especial à saúde, e assim fez.
Nos primeiros dias da primeira administração, um dos destaques do governo foi a vistoria que o então secretário de Saúde, Jorge Gomes – hoje vice-prefeito de Caruaru – realizou ao terreno em Paulista, onde seria construído um dos hospitais da Região Metropolitana prometidos em campanha.
O Hospital Miguel Arraes lá está, naquele terreno vistoriado, como parte de todas as promessas cumpridas na área de saúde.
Ao se voltar agora para a educação, o governador responde a um dos maiores problemas de nosso País.
Na educação quase sempre se localiza a raiz de todos os grandes entraves para a pacificação social, a vitória contra todo tipo de violência, a começar pela intolerância.
Na educação estão os instrumentos para o crescimento da economia, do mercado de trabalho, para os avanços tecnológicos que poderão tirar nossa dependência externa.
Na educação, em poucas palavras, está o repositório do conhecimento, maior capital de nossos tempos.
Quando fez de seu primeiro ato de governo no segundo mandato a assinatura da ordem de serviço para a construção da Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento, em Camaragibe, o governador Eduardo Campos deu o mais evidente testemunho de que retoma o poder com o mesmo bom senso, o mesmo impulso e a mesma coerência que fizeram o seu primeiro mandato.
A escolha do nome da futura escola é uma demonstração da sensibilidade que contribui para a boa avaliação deste governo. “É uma homenagem – disse o governador – para que seu exemplo estimule muitos jovens a estudar, a poder se preparar para nos ajudar a construir um Pernambuco mais justo, com mais paz”.
Ao contemplar a educação como prioridade de seu novo mandato, Eduardo Campos deve estar cansado de saber que vai ter pela frente a cobrança do professorado, que costuma ser vigorosa e justa. É de domínio público mais elementar que não é possível ter um bom sistema educacional sem a formação humana, que significa professores com boa qualificação e com a remuneração suficiente para se dedicarem integralmente à tarefa de educar, além do instrumental dos dias de hoje, que se renova e se aprimora em questão de meses.
Num passado não muito distante, o grande avanço da escrita foi da manual para a mecânica e levou séculos.
Hoje, a eletrônica se supera a cada dia e nela reside a capacidade de uma sociedade avançar também no processamento das informações.
Significa dizer que o avanço da educação em Pernambuco não se fará apenas com a construção de novos prédios para abrigar escolas técnicas, mas com uma transformação profunda – humana e instrumental – capaz de nos fazer também, um centro de excelência na pesquisa em todos os setores.
Só assim será possível ambicionar mais ainda, como disse o governador no seu primeiro ato de novo governo: “Estamos crescendo quase o dobro do Brasil.
E temos que treinar e capacitar as pessoas, para que a gente possa dar sentido ao desenvolvimento econômico”.
Que assim seja.