Da Folha de São Paulo O ministro da Defesa, Nelson Jobim, considerou “um equívoco” a declaração do general José Elito, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), de que “não é vergonha” a questão dos desaparecidos políticos. “Não pode haver nem glorificação nem retaliação”, disse Jobim.
O fato de o Brasil estar isolado na América do Sul, onde outros países julgaram e condenaram torturadores, não o impressiona: “Não deu certo.
Você queima uma energia imensa para retaliar o passado.
Não adianta nada”.
Quando à Comissão da Verdade, o ministro se disse a favor.
Mas faz a ressalva: “Não tem nada a ver com a Lei da Anistia”. “Há um impedimento, que é justamente a Lei da Anistia.
O Supremo Tribunal Federal já decidiu que a lei anistiou bilateralmente, ou seja, tanto os atos praticados pelas forças de repressão quanto os praticados pelos outros.” Jobim disse também que a abertura do capital da Infraero está decidida e que o controle do espaço aéreo “vai ficar onde está: na Força Aérea”. “Não haverá desmilitarização porque não há nenhuma necessidade.
Funciona absolutamente bem.
E nós tivemos um exemplo claro do que significa ter o controle aéreo em mãos civis quando os controladores entraram em greve na Espanha e paralisaram o espaço do país por 24 horas.”