Fred Raposo, do iG Pouco menos de um mês da posse da próxima legislatura, as Assembleias Legislativas dos 26 Estados, somado ao Distrito Federal, já garantiram o reajuste que elevará em mais de meio bilhão o custeio do salário dos deputados estaduais.
Levantamento do iG aponta que as Casas regionais concederam – por votação ou “automaticamente” via decreto legislativo – o aumento máximo permitido por lei, no qual o subsídio passará para R$ 20.042,34.
A medida, que beneficiará 1.035 novos parlamentares, vem na esteira do reajuste de 61,8% aprovado no ano passado pelo Congresso.
O artigo 27 da Constituição estabelece que o valor seja fixado por “iniciativa” das Assembleias.
O novo subsídio equivale a 75% do salário dos deputados federais, reajustado para R$ 26.723,13, o mesmo do ministro do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo público.
O efeito cascata terá impacto de R$ 535,3 milhões nos cofres públicos ao longo da próxima legislatura – ou seja, um custo adicional de R$ 133,8 milhões ao ano.
O novo salário entra em vigor a partir de 1º de fevereiro, quando os parlamentares eleitos em outubro tomam posse.
Em 24 das 26 unidades da Federação, assim como no Distrito Federal, o salário mensal dos deputados era de R$ 12.384,07.
Para esses Estados, o acréscimo será de R$ 7.658,27.
Os maiores aumentos acontecerão em Alagoas e no Rio Grande do Sul.
Parlamentares desses Estados, antes do novo reajuste, ganhavam abaixo do teto: R$ 9,6 mil e R$ 11,5 mil, respectivamente.
Agora, o deputado alagoano receberá R$ 10.442,34 a mais por mês – aumento de 108%.
Já o gaúcho terá acréscimo de R$ 8.477,58 no contracheque.
O custo adicional será maior nas Assembleias que elegeram mais deputados.
São Paulo, por exemplo, com 94 parlamentares eleitos, gastará R$ 11,7 milhões a mais para cobrir o aumento.
A Casa é seguida por Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Com 77 e 70 deputados, respectivamente, terão custo adicional de R$ 9,5 milhões e R$ 8,7 milhões.