Em O Globo Um grupo de apoio às vítimas do terrorista italiano Cesare Battisti acusa a ex-modelo e atual primeira-dama francesa, Carla Bruni, de intervir pela não extradição do criminoso para a Itália.

Ela teria pedido um favor pessoal ao então presidente Lula.

De acordo com o site inglês Daily Mail, o fato vem sendo criticado por políticos italianos desde que Bruno Berardi, presidente da Domus Civitas, grupo de apoio às vítimas do terrorismo e da máfia, fez a afirmação na TV italiana.

Berardi disse ainda que há três anos Carla Bruni já havia tentado intervir contra a extradição de uma outra terrorista italiana, Marina Petrella.

Berardi decidiu revelar este fato porque, segundo ele, está perdendo a esperança de que Battisti, acusado de quatro assassinatos na década de 70, seja extraditado.

A mulher de Sarkozy nega as acusações e diz que onda de violência que abalou Itália durante a sua infância a deixou muito impressionada e por isso ela condena todas as formas de terrorismo.

Um dos últimos atos de Lula na presidência foi a decisão pela não extradição de Cesare Battisti , apesar de toda a pressão do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.

O italiano Cesare Battisti encontra-se preso no Brasil e poderá ser liberado em breve, embora a Itália tente levar o caso ao Tribunal Internacional Penal de Haia.

Na terça-feira, o governo italiano recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Battisti fosse mantido preso, após os advogados de defesa do ex-ativista pedir a soltura imediata do cliente.

Presidente de comissão do Senado se solidariza com italianos O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), divulgou nesta quarta-feira nota de solidariedade à nação italiana pela decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar o ativista político Cesare Battisti.

Para Azeredo, a decisão é “um dos mais graves equívocos” cometidos por Lula na condução da política externa brasileira. “O asilo a Battisti, terrorista condenado à prisão perpétua por 36 crimes, incluindo quatro assassinatos, coloca em risco as relações excepcionais que o Brasil mantém com a Itália e a União Européia.

Ao mesmo tempo, atrai contra nosso país o desprezo das vítimas sobreviventes, que encabeçam protestos diante da embaixada brasileira em Roma”, diz a nota.

O senador também lembra no texto que o julgamento de Battisti seguiu todos os requisitos necessários para ser considerado legítimo, como o direito à ampla defesa e o acompanhamento de um advogado por todo o processo, até a Corte de Cassação Penal da Itália. “Trata-se, portanto, de desrespeito à Justiça de um país democrático, que possui instituições consolidadas, e à própria Justiça brasileira, que considerou o réu criminoso comum”, diz o presidente da comissão.