Por Adriano Oliveira – Cientista Político Variados atores políticos e eleitores especulam sobre o retorno de Lula em 2014.
Gilberto Carvalho, ex-secretário da presidência da República no governo Lula e integrante do governo Dilma, já alertou a oposição de que Lula está no banco de reserva e pode voltar.
Um político de projeção nacional falou para mim que possivelmente existe um acordo entre Lula e Dilma.
Em razão deste acordo, Lula é candidato a presidente em 2014.
Não descarto a hipótese da volta de Lula na próxima eleição presidencial.
Contudo, deve-se especular quanto às circunstâncias políticas, sociais e econômicas que poderão propiciar o retorno de Lula.
A ciência política não pode criar raciocínios deterministas.
O seu papel é especular quanto às ações dos atores e o surgimento de dadas circunstâncias. É possível que no período Dilma a economia brasileira não tenha crescimento pujante. É plausível especular quanto à origem de graves escândalos de corrupção no governo Dilma em virtude de sua ampla base de apoio.
Atos rebeldes de membros do PSB, PT e PMDB em razão de motivos diversos, dentro os quais, mais espaços no governo, poderão ocorrer.
Dilma poderá não construir ações governamentais eficientes por conta da pressão do parlamento, da incapacidade de investimento estatal e em razão da influência de setores da sociedade.
Por outro lado, é plenamente possível que a economia brasileira, a partir de 2012, retome o crescimento pujante.
Dilma pode punir com rigor os escândalos de corrupção e com isto obter o apoio da imprensa e da sociedade.
Diante do ser perfil técnico, Dilma pode tornar o estado eficiente e com isto obter popularidade.
Em razão desta, ela adquire condições de controlar membros do PT, PSB e PMDB.
Enfim, Dilma pode realizar um bom governo.
Caso Dilma adentre meados de 2013 com alta popularidade, o que será de Lula?
Ora, se Lula for amigo da presidente e amar o Brasil, ele não atrapalhará a reeleição de Dilma.
Mas se Dilma adentrar 2014 com reduzida popularidade, o que fará Lula?
Ele tentará voltar.
A dúvida é: o seu capital eleitoral permanecerá robusto até 2014?