Gilvan Oliveira, do Jornal do Commercio Reunida na noite de ontem, a executiva estadual do PV aprovou a aproximação com o PSB, dando o primeiro passo para os verdes assumirem a futura Secretaria estadual do Meio Ambiente – o partido havia recebido o convite do governador Eduardo Campos (PSB) para comandar a pasta.
Ficou acertado no encontro que a direção da legenda formulará um documento com propostas dentro do tema “desenvolvimento sustentável” e que só ingressará no governo se Eduardo encampar essas idéias em sua gestão.
O documento deverá ficar pronto na primeira semana de janeiro.
Dos sete membros do diretório presentes à reunião, seis foram favoráveis à aproximação com o PSB.
A votação foi secreta.
Mas um foco declarado de resistência contra o casamento com o PSB partiu do único deputado estadual eleito pelo PV: Daniel Coelho.
Segundo vice-presidente estadual do partido e cotado para liderar a oposição na próxima legislatura, Daniel se manifestou contra os entendimentos defendendo a independência do partido.
Ele não estava presente no encontro de ontem, mas publicou na internet uma carta aberta com sua opinião. “Quem votou em Marina Silva, no PV ou em mim é porque quer uma posição de independência em relação à velha política.
Se forem ouvir a base do partido, a maioria não quer participar do governo, quer a independência”, justificou.
Daniel insinuou que se o PV ingressar no governo será marcado como “fisiologista” e assegurou que será oposição, independentemente do resultado das conversas com o PSB. “O PV sempre respeitou posições de independência dentro do partido, não acredito que será diferente comigo”, afirmou.
Com a ausência do presidente estadual do PV, o candidato a governador Sérgio Xavier, que está no exterior, quem comandou a reunião ontem foi o primeiro vice-presidente do partido, Carlos Augusto Costa.
Ele classificou como “muito positiva” a aproximação com o PSB, mas advertiu que essa foi apenas a primeira etapa de uma negociação, rechaçando que haja uma “adesão” ao governo. “Ainda é cedo para conclusões.
A executiva apenas optou por um caminho.
Depois vamos levar nossas propostas e tudo vai depender se o governo vai incorporar nossos princípios. É uma discussão programática entre partidos, não em cima de nomes nem de fisiologismos”, ressaltou. “O importante é que o governador reconheceu, com isso, a importância do desenvolvimento sustentável na agenda de governo e que o tema precisa melhorar na gestão dele”, acrescentou.
Sérgio Xavier é um dos cotados para assumir Meio Ambiente do governo estadual caso vingue a aliança PV-PSB.