Pronunciamento do presidente da Fiat na América Latina, Cledorvino Belini, na solenidade de lançamento da Pedra Fundamental da fábrica da Fiat em Pernambuco – Porto de Suape, 28/12/2011 Para quem vem de Minas Gerais, chegar ao mar é um sonho. É nascer de novo. É uma necessidade.

Depois de 35 anos desbravando o Brasil a partir de Minas Gerais, com coragem, paixão e inovação, a Fiat Automóveis chega ao mar.

Para nós, este simbolismo representa expandir os nossos oceanos.

Cegar ao Nordeste do Brasil, para a Fiat, é a possibilidade de vislumbrarmos um novo mar, um porto seguro para novos investimentos.

E não poderíamos ter mais satisfação ao constatar que tudo isto está alinhado ao projeto de desenvolvimento do Brasil, às novas oportunidades que estão se abrindo ao brasileiro do Nordeste, com criação de mais empregos, renda e crescimento para esta região. » LEIA MAIS: Confira a íntegra do discurso do presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne É por isso, excelentíssimos presidente Lula e governador Eduardo Campos, que estamos orgulhosos de ajudar a escrever este novo capítulo da história da industrialização do Nordeste do Brasil. É também um novo capítulo da história da própria Fiat, que em mais de três décadas aprendeu a conhecer este País e os brasileiros, oferecendo acesso ao carro zero quilômetro com mais conforto e tecnologia.

E agora, a partir de Pernambuco, vamos continuar trilhando o caminho de pioneirismo, inovação e compromisso com o desenvolvimento do Brasil.

Quando nos instalamos em Minas, nos anos 70, em pouco tempo criamos uma cadeia produtiva complexa, abrangente e fortalecida.

A economia cresceu.

Fomos catalisadores da diversificação industrial na região, como bem sabe o presidente da CNI, Robson Andrade, mineiro que também presidiu a Fiemg - Federação das Indústrias de Minas Gerais, e que também nos honra com a sua presença.

Em Minas, crescemos e ganhamos a liderança de mercado.

Fomos protagonistas do desenvolvimento e, hoje, figuramos entre as maiores fábricas de automóveis no mundo.

Agora, ousamos ainda mais ao apoiar, novamente, a descentralização da indústria no Brasil.

Iniciamos, nesta terra ensolarada, um novo ciclo de investimentos, a mais de dois mil quilômetros da nossa casa em Minas.

A instalação da Fiat em Pernambuco é um feliz encontro entre a oportunidade e a estratégia.

A nova planta que será erguida reforça nosso posicionamento de líder no mercado e nossa competitividade em produção e logística.

Ao mesmo tempo, a Fiat consolida sua presença no Norte e Nordeste, que são mercados e economias em ascensão, e equilibra seu crescimento sustentado, fortalecendo-se globalmente.

O complexo industrial e portuário de Suape tem grandes oportunidades do ponto de vista econômico e logístico.

Além da Fiat e deste novo complexo automobilístico que se inicia, certamente este sítio vai receber ainda mais investimentos em setores que vão criar uma nova configuração industrial no estado de Pernambuco. É preciso coragem e imaginação para dar passos como este. É preciso estímulo e vontade política por parte dos governos estadual e federal.

Neste contexto, gostaria parabenizar o governador Eduardo Campos e o presidente Lula pela orientação estratégica que Pernambuco e o Brasil como um todo estão adotando para se destacar economicamente.

Gostaria de reconhecer também, caro governador, a competência técnica e o profissionalismo de sua equipe liderada pelo secretário Fernando Bezerra, que trabalhou com determinação para viabilizar o empreendimento da Fiat neste Estado.

Exemplos como este demonstram como o Brasil tem evoluído na fundamental sinergia entre setor público e privado.

Aqui em Pernambuco, além de encontrar o entusiasmo pelo trabalho e pela realização, nos sentimos acolhidos e também por isto somos muito gratos.

Em nome da Fiat, prometo honrar esta confiança e receptividade, contribuindo para construir um futuro promissor, trazendo para Pernambuco e para o Nordeste, o novo polo automobilístico brasileiro.

Esta transformação no Nordeste irá exigir, desde já, uma atenção especial sobre o desenvolvimento de uma nova força de trabalho, capacitada e focada na inteligência e no conhecimento.

Sabemos que o capital humano é um fator competitivo para a geração de bem estar e riqueza coletiva. É este diferencial que nos permite desbravar novos campos de crescimento e prosperidade, que nos levará a rotas mais seguras e envolventes.

Pois, como já escreveu João Cabral de Melo Neto, poeta e diplomata, filho desta terra, “a um rio sempre espera o mais vasto e amplo mar”.

Aqui estamos, em busca dele.

Muito obrigado.