Do Jornal do Commercio Depois de um fim de semana dividido entre as festividades natalinas e muitas negociações políticas, o governador Eduardo Campos (PSB) finaliza hoje a lista da equipe que lhe acompanhará na gerência da máquina pública estadual a partir de 2011.

Reeleito com a maior votação proporcional do Brasil (82,84%) e aprovado por 80% dos pernambucanos de acordo com a última pesquisa do Datafolha, Eduardo compõe sua nova equipe de governo com o objetivo de azeitar ainda mais a gestão.

Para isso, apresenta até a próxima quarta (29) mudanças no organograma do Estado.

Com pretensões de voos mais altos e ciente de que os próximos anos podem ser mais difíceis do ponto de vista econômico, o governador está decidido a oxigenar a equipe.

Do Jornal do Commercio Entre as reformas no formato da administração, a criação da Secretaria de Infraestrutura é uma das possibilidades.

A pasta incluiria os orçamentos de Cidades, Compesa, Urbanismo e DER.

O governador não estaria satisfeito com o andamento da Secretaria das Cidades, comandada hoje por Dilson Peixoto (PT).

O formato da superpasta lembra, inclusive, a gestão do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Aliados esperam que, se confirmada, a secretaria fique nas mãos de um dos homens do núcleo duro de Eduardo.

O volume de verbas e a visibilidade das obras seriam o caminho para um projeto eleitoral majoritário.

Outra modificação ventilada no Palácio é o desmembramento da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente em duas, separando a temática de sustentabilidade numa secretaria particular.

Membros do PV, liderados pelo presidente estadual da legenda, Sérgio Xavier, estariam de olho na pasta, mas os impasses internos da legenda podem ter atrapalhado a negociação.

Da Secretaria Especial de Juventude e Emprego seria separada a pauta do trabalho, mais uma novidade.

Confirmada, a Secretaria do Trabalho será espaço de acomodação política do PTB, que não ocupa um cargo no 1º escalão desde a saída de Sílvio Costa Filho do Turismo.

Entre as principais dores de cabeça do governador na composição da nova equipe, destacam-se os comandos do Turismo, da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), da Casa Civil e o espaço do PT na estrutura.

Na Fundarpe, a grande dúvida é a permanência de Luciana Azevedo.

Envolvida em denúncias de corrupção desde junho, a presidente já deu vários sinais de que não aceita ser substituída.

Numa entrevista concedida mês passado, por exemplo, questionou quem a tiraria do posto.

Se mantida, no entanto, pode engessar o andamento do setor cultural.

Investigada pelo Ministério Público de Pernambuco e pelo Tribunal de Contas do Estado, a Fundarpe tem orçamento anual de mais de cem milhões de reais.

Para chegar hoje com todas os nomes definidos, Eduardo reservou sua agenda, desde sexta, para reuniões com aliados.

Participaram de boa parte das negociações o presidente estadual do PSB e prefeito em exercício do Recife, Milton Coelho, o procurador-geral do Estado, Tadeu Alencar, e o chefe de gabinete do governador, Renato Thiebaut.

Esse último, inclusive, pode ser remanejado para a Casa Civil.

Com problemas de saúde, o secretário Ricardo Leitão deve se licenciar do governo no próximo mês.

Depois, seria o nome para um órgão responsável pela Copa de 2014.