Da Época Metade dos parlamentares que tomarão posse em fevereiro é de empresários.
Um levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que a nova bancada empresarial é a maior em mais de duas décadas.
O grupo é formado por parlamentares proprietários ou sócios de algum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços ou dono de fazenda.
No entanto, essa vantagem numérica não é garantia de vitória nas votações em plenário, segundo especialistas. “Historicamente, os parlamentares que se declaram empresários não atuam de modo articulado, diferentemente dos sindicalistas”, afirma o cientista político Rubens Figueiredo, diretor do Centro de Pesquisas e Análises de Comunicação (Cepac).
As duas bancadas deverão se enfrentar na votação de pautas polêmicas, como a da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, uma das bandeiras de luta dos sindicalistas, e da regulamentação da terceirização desejada pelos empresários.
Dos 219 congressistas empresários eleitos em 2006, a bancada saltou para 273 integrantes.
Esse time representa mais de 45% do Congresso Nacional (47,95% da Câmara e 33,33% do Senado).
Até agora, o maior número de empresários eleitos havia sido para a Constituinte de 1988, quando eles ocuparam um total de 220 cadeiras nas duas casas.
O Diap identificou 73 congressistas originários do movimento sindical.
A bancada ficou um pouco maior do que a atual, de 61 parlamentares.
Em 2002, provavelmente como reflexo da eleição de Lula para a Presidência da República, o grupo ocupou 74 cadeiras no Congresso