Do Jornal do Commercio O governador reeleito Eduardo Campos (PSB) deve começar nesta quinta-feira (23) a fazer os primeiros convites para as pessoas que irão integrar o primeiro escalão do segundo governo.

Essa, pelo menos, é a expectativa de seus auxiliares, que ontem festejavam o fim da novela que envolveu a confirmação do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho (PSB), para o Ministério da Integração Nacional.

Apesar do estresse que antecedeu a oficialização, Eduardo conseguiu emplacar o nome do apadrinhado e demarcar o seu espaço na equipe da futura presidente Dilma Rousseff (PT).

Com essa definição, a distribuição de cargos por partidos foi finalizada.

O socialista então poderá decidir se promoverá ou não uma espécie de verticalização, como fez na atual gestão, quando alinhou a escolha de seu secretariado à divisão partidária realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2007, quando assumiu pela primeira vez, Eduardo adotou esse critério para não alimentar arestas com a base aliada.

Agora, reeleito com mais de 82% dos votos válidos, terá mais autonomia para nomear os futuros secretários.

O formato da equipe da segunda gestão já está na cabeça do governador.

Mas faltam os convites.

A ansiedade toma conta dos assessores.

Internamente, contudo, a definição virá à tona antes do Natal.

O chefe do Executivo estadual, porém, só deve tornar pública a escalação do time na próxima semana, como antecipou à imprensa na semana passada.

Até lá, tentará evitar as especulações e, consequentemente, as possíveis frituras, recomendando aos futuros secretários o silêncio.

Nos bastidores, a tese que se fortalece é a do rodízio.

O núcleo duro do governo não será alterado a não ser que alguém decline do convite, o que é pouco provável.

Esse grupo é formado pelos secretários de Planejamento, Geraldo Júlio, da Casa Civil, Ricardo Leitão, da Agricultura, Ranilson Ramos, do Turismo, Paulo Câmara, da Fazenda, Djalmo Leão, da Juventude, Pedro Mendes, e de Imprensa, Evaldo Costa, além do chefe da Controladoria-Geral, Ricardo Dantas, do procurador-geral do Estado, Tadeu Alencar, e do chefe de gabinete, Renato Thibaut.

Nessa gestão, Geraldo Júlio desempenha papéis importantes. É responsável, por exemplo, pela tarefa de monitorar as ações dos outros secretários.

Poderá ficar com a mesma tarefa a partir de 2011.

Para substituir Bezerra Coelho na pasta de Desenvolvimento Econômico, Eduardo deve trazer uma “cara nova”, talvez de fora do governo.