Nesta quarta-feira, a Agência Condepe/Fidem em parceria com o DIEESE e a Fundação SEADE divulgou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), referente ao mês de novembro de 2010.

As informações captadas mostram que a taxa de desemprego total recuou entre outubro e novembro, passando de 14,1% para 13,5% da População Economicamente Ativa - PEA. É o oitavo mês consecutivo que o desemprego cai na RMR e a menor taxa de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em novembro de 1997.

Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto diminuiu de 8,7% para 8,4% e a de desemprego oculto, de 5,4% para 5,1%.

Em novembro, o contingente de ocupados foi estimado em 1.610 mil pessoas, 5 mil a mais do que em outubro (0,3%). “O resultado da pesquisa é o reflexo do crescimento da economia pernambucana, que hoje vive um circulo virtuoso com uma queda crescente no desemprego e aumento do valor da remuneração.

São oito meses consecutivos de ampliação do número de vagas e cinco meses consecutivos de quebra de recorde da taxa que é a menor dos últimos treze anos”, explica o diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas da Agência Condepe Fidem, Rodolfo Guimarães.

Segundo os setores de atividade econômica analisados, cresceu a ocupação na Indústria de Transformação (10 mil ou 7,1% ) no comércio (7 mil, ou 2,3%) e na construção civil ( 3 mil ou 3,2% ); e retraiu-se nos serviços (7 mil ou 0,8%) e no agregado Outros Setores (8 mil, ou 4,9%) – composto pelos Serviços Domésticos e outras atividades não definidas.

A taxa de participação, indicador que expressa à proporção de pessoas com 10 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, apresentou ligeira expansão (de 55,2% para 54,9%), no mês em análise.

Segundo posição na ocupação, houve expansão no total de assalariados (1,4%), relativa estabilidade entre os trabalhadores autônomos (0,3%) e redução no contingente nos classificados nas demais posições (4,1%) – composto por empregadores, empregados domésticos, trabalhadores familiares sem remuneração e donos de negócio familiar.

O comportamento favorável do emprego assalariado resultou das expansões observadas nos setores privado (1,6%) e público (0,4%).

No segmento privado, verificou-se crescimento no número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (4,9%) e, com menor intensidade, para aqueles sem carteira (4,7%).

Em novembro de 2010, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (3,2%), variou positivamente para os assalariados (1,6%) e trabalhadores autônomos (5,6%).

Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 945, R$ 1.016 e R$ 624, respectivamente.

As massas de rendimentos de ocupados e assalariados cresceram (5,5% e 4,8%, respectivamente), em ambos os casos, como resultado de comportamentos positivos do nível de ocupação e do rendimento médio real.