Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo Gustavo Rocha, advogado de João Bosco Damascena, pai do noivo assassino do casamento em Aldeia, diz que o cliente mentiu sobre a arma do filho por conta do “alto abalo emocional”. “As pessoas têm que entender que é essa é uma situação sem precedentes em Pernambuco”.

João Bosco prestou depoimento hoje no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde admitiu ter conhecimento que o filho tinha uma arma há três anos, antes mesmo de começar o relacionamento com Renata Alexandre, a noiva assassinada.

Gustavo confirmou que o próprio João Bosco pegou a arma e escondeu no carro, antes de levar Rogério para o Hospital da Restauração, no Derby, onde o jovem chegou com vida.

Segundo o advogado, João Bosco não disse a verdade antes “por uma questão de nervosismo”.

A versão apresentada hoje contraria o que João havia declarado em entrevista na manhã de ontem (21) ao Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio, onde assegurou não saber que Rogério detinha um revólver.

Quanto ao desaparecimento da arma, o pai do noivo declarou, na mesma ocasião, que “não se preocupou com isso, pois estava preocupado apenas em socorrer o filho”.

Gustavo acredita que o delegado pode entender que houve crime de ocultação, já que João escondeu a arma. “Ainda não sabemos que providências iremos tomar”, comenta.

João continua negando a hipótese de crime passional, diz Gustavo.

O pai do noivo foi orientado pelo advogado a não falar com a imprensa.

A noiva, a advogada Renata Alexandre, de 25 anos, e Marcelo Guimarães, de 40 anos, morreram no local.

O noivo Rogério Damascena teve morte cerebral na manhã de domingo, no Hospital da Restauração.

Renata e Rogério haviam se casado no Civil na última sexta-feira (17).