Por Sérgio Goiana Após o fim das eleições 2010, estamos surpreendidos com o questionamento das Prefeituras do Estado que afirmam não ter recursos suficientes para manter os gastos.
Com isso, vivenciamos um momento de demissão em massa dos servidores.
Quando percebemos este fato perguntamos:: por que estes problemas não foram avaliados antes do processo eleitoral?
Se, as Prefeituras estavam “quebradas” e precisavam de mais recursos para manter os gastos iniciais, porque não foi repassado antes?
Ao contrário do que afirmam agora, nós vivenciamos uma disputa eleitoral onde os candidatos dos prefeitos saíram vitoriosos das eleições.
O prefeito que está há dois anos no governo, tem total condição de fazer uma previsão orçamentária para discutir os gastos que serão necessários em quatro anos do seu mandato.
Além disso, é necessário que haja preparo para gerenciar as possíveis crises e dificuldades financeiras que chegam a qualquer governo.
No entanto o que vemos, é que a população acaba sempre saindo prejudicada.
Na hora do aperto, a corda sempre quebra do lado mais fraco.
Recentemente, os municípios de Goiana, Caruaru, Àguas Belas, Belo Jardim e Belém de São Francisco já anunciaram várias demissões.
Também acenderem o “sinal vermelho” - Afogados da Ingazeira e São José do Egito.
Em Tracunhaém, na Zona da Mata Norte, a prefeita Graça Lapa (PSB) chegou a demitir servidores concursados, mas o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou a volta dos demitidos.
Os prefeitos precisam traçar melhor a estratégia de planejamento, para que depois de uma grande disputa eleitoral não venham as demissões.
As dificuldades financeiras sempre existiram, e elas não podem ser usadas para prejudicar trabalhadores pais de família.
Cada Prefeitura deve ser responsável por administrar os seus repasses e custos.
Pois enquanto muitas prefeituras se dizem quebradas, nós não vemos faltar candidatos para ocupar as vagas nelas.
Como fica a população que necessita dos serviços públicos?
O que se espera é, no mínimo, oferecer condições digna de vida - casas, escolas, postos de saúde, saneamento, creches, estradas, transporte e outros.
As Prefeituras através da recuperação do salário mínimo são responsáveis pela distribuição de renda na localidade.
Todavia, muitos prefeitos fazem opção em investir em cargos comissionados, chegando ao ponto de que em várias prefeituras o numero de trabalhadores efetivos serem menor do que os comissionados.
Sem falar na terceirização que é também uma prática muito utilizada pelos gestores municipais.
Portanto, esperamos que, antes de qualquer atitude a ser tomada cada prefeito (a) sente para conversar com os sindicatos, e possam encontrar a saídas para as dificuldades, através da negociação.
O mais importante é o emprego dos servidores e a melhoria da qualidade de vida da população.
Sérgio Goiana é presidente da CUT-PE