Da PCR Para enfrentar os problemas relacionados ao consumo de crack, a Prefeitura do Recife investirá em pesquisa, com o apoio do Governo Federal.
Na manhã desta segunda-feira (20), o prefeito em exercício Milton Coelho discutiu as ações de combate à droga no município com o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que garantiu a liberação de recursos para o desenvolvimento de estudos no setor, em parceria com as universidades da região.
O trabalho representará um investimento de R$ 300 mil e a expectativa é que seja iniciado em 2011.
A reunião, segundo Milton Coelho, consolida um primeiro momento de articulação entre as duas esferas de poder, para a realização de iniciativas na área. “Trata-se de conjunto de ações que estão sendo desenvolvidas e contam com o envolvimento integrado de diversos órgãos da Prefeitura, Governo Estadual e universidades, para combater o crack.
Contamos com o apoio de base científica para ajudar a resolver o problema.
Precisamos formar pessoas que pensem e atuem neste sentido”, afirmou.
Para o ministro Sérgio Rezende, foi fundamental que a PCR tenha feito esse esforço, com relação ao combate no consumo do crack que já atinge o mundo inteiro. “Estou satisfeito em ver que o projeto envolva universidades, com gente voltada para o assunto de forma científica, que trabalha com dedicação e seriedade.
Garanto a liberação dos R$ 45 mil, vou fazer o que for possível para aumentar esse valor, mas desde já me disponibilizo para contribuir com a Prefeitura do Recife.
Até o dia 31 de dezembro, o que eu puder fazer, eu farei”, afirmou.
As pesquisas de combate ao crack no Recife vão girar em torno de três eixos: o estudo de impacto na rede de saúde; perfil social dos usuários, e a problemática do entorpecente nas escolas municipais.
Todo o projeto de estudo científico está orçado em cerca de R$ 300 mil.
As pesquisas serão financiadas pelo CNPQ, Facepe e governos Federal e Municipal, e executadas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de Pernambuco (UPE).
Pela UFPE, será feito o levantamento sociodemográfico dos usuários do entorpecente, com características de uso e formas de consumo; além de mapeamento da prevalência do uso da droga a partir dos atendimentos realizados nos Centros de Atenção Psicossocial para Tratamento de Álcool e Outras Drogas (CAPSad) e nas unidades da atenção básica.
Já o impacto do crack nas escolas municipais será investigado pela UPE.
A expectativa é que o trabalho seja iniciado em 2011.
O encontro aconteceu na sala de reuniões do gabinete do Prefeito, 9º anda do edifício-sede da PCR e também contou com a participação dos secretários Gustavo Couto (Saúde), Cláudio Duarte (Educação) e José Bertotti (Desenvolvimento Econômico).