Do Jornal do Commercio Começa hoje, às 9h, no Fórum de Sirinhaém, o julgamento do ex-bombeiro Alan José Carneiro de Holanda Filho, um dos acusados de estuprar e assassinar a engenheira química Maria Carolina Diniz, em janeiro de 2002.

O julgamento, que será feito através de júri popular, deve estender-se até quarta-feira.

A defesa solicitou que a análise dos fatos fosse feita a portas fechadas para preservar a identidade dos jurados e a imagem do acusado.

O juiz Luiz Mário Miranda acatou o pedido, acrescentando que também irá resguardar a imagem da vítima e evitar constrangimentos, já que serão expostas fotos e laudos do corpo da engenheira.

Com a determinação, ficam proibidos registros em foto e vídeo.

No plenário, foram reservados sete lugares para parentes da engenheira e outros sete para a família do ex-bombeiro.

O julgamento também será acompanhado por estudantes de direito.

Cinco testemunhas serão ouvidas: uma de acusação e quatro de defesa.

Por parte da acusação, foi convocada a moradora de Sirinhaém Evânia Freire da Silva, que afirmou ter escutado o primeiro acusado do crime a ser julgado, em 2007, o caseiro Genivaldo José dos Santos, falar sobre o crime.

De acordo com o advogado da família de Maria Carolina, Francisco Leitão, Evânia já testemunhou no julgamento de Genivaldo, condenado a 18 anos e 10 meses de prisão.

A defesa chamou quatro testemunhas: a esposa do ex-bombeiro, Guiomar da Costa Pereira, dois capitães da corporação que trabalhavam com Alan, Francisco Andrei e Aurenido Augusto e Juliana Rodrigues, irmã do contador Marcelo Rodrigues Barreto, dono da casa onde Maria Carolina estava hospedada em Sirinhaém, que está foragido. “Confiamos na condenação.

Após nove anos de espera, temos certeza de que a Justiça será feita”, disse a irmã da engenheira, a funcionária pública Ana Luíza Diniz.

A família sairá às 6h, da casa da mãe da engenheira, Maria da Conceição Diniz, no Derby.

Parentes e amigos acompanharão o julgamento.

A acusação deverá apresentar como provas a simulação do crime e uma acareação entre os três acusados, ambas feitas pela Polícia Civil, e resultados de perícias.

Será exibido, ainda, um episódio do extinto programa Linha Direta, da Rede Globo, que relatou a história.

DEFESA O advogado de defesa de Alan, João Vieira Neto, não quis detalhar a atuação no julgamento. “Vamos provar a inocência de Alan.

Ele não cometeu nenhum crime.” O advogado adiantou que as testemunhas prestarão depoimentos que convencerão os jurados sobre a inocência do ex-bombeiro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco, foi solicitado equipamento para exibição de slides.