O senador eleito Armando Monteiro Neto (PTB) reuniu nesta segunda-feira (20), jornalistas pernambucanos em um almoço de confraternização.

Bem humorado, mostrou que já está pensando em 2014.

Armando garantiu que tem uma escolhida para defender na eleição para governador daqui a quatro anos. “Tenho uma candidata: a unidade”, disparou.

Questionado se pretende disputar o cargo, Armando disse: “Quem é que não sonha eventualmente?”.

Mas ponderou que entre sonho e a realidade há um espaço muito grande.

O senador se comprometeu com seu mandato a partir de 1º de fevereiro. “É pretensão dizer que vou fazer um bom mandato.

Mas vou me empenhar muito”.

SECRETARIADO - Armando disse que o PTB não conversou ainda com o governador reeleito Eduardo Campos (PSB) sobre vagas no seu secretariado. “Qual o partido que não quer participar do governo?

Mas nunca exigimos cargo”.

O PTB tinha apenas uma secretaria no primeiro governo de Eduardo.

Era a pasta de Turimo.

Mas com o afastamento de Sílivo Costa Filho, em meio às denúncias envolvendo a pasta, a legenda ficou de fora.

Apesar de garantir que não está pedindo nada ao governador, Armando salientou o tamanho que o partido ganhou após o pleito deste ano: fez um senador, quatro deputados federais e tem a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa de Pernambuco, com sete deputados.

PARLAMENTARISMO - O senador eleito defendeu o parlamentarismo como melhor forma de governo. “Acho que é uma forma superior”, afirmou, dizendo acreditar que as reformas políticas conduzirão o País para este formato de gestão.

Mas, admitiu que esta forma não é de aplicação imediata.

Era algo para se pensar para “daqui a 20 anos”.

JARBAS - Armando lembrou que pelos próximos anos estará lado a lado com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) na bancada do Estado. “Quem é conterrâneo, de alguma forma, já é vizinho.

Quando for alguma coisa do interesse do Estado, não terei dificuldade (de conversar com Jarbas)”.

SUDENE - O senador eleito destacou que os “novos tempos” tiraram a função da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). “A Sudene teve papel importante no momento em que foi criada.

Mas o momento mudou”, avaliou.

O ex-presiente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) salientou que agora é preciso que se admita novos paradigmas e que se tracem prioridades.