Na Folha de São Paulo de hoje O secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho (PSB), cotado para ser ministro do governo Dilma, emitiu ontem nota na qual anunciou que vai processar o empresário Paulo Lima por supostas calúnia e difamação.
Em depoimento prestado à Procuradoria da República em Petrolina (PE) e em entrevistas concedidas à Folha, Lima afirmou que fazia pagamentos a líderes comunitários e que direcionou dinheiro a pelo menos um vereador, por meio de sua empresa, a pedido do então prefeito de Petrolina, Coelho.
Na nota, de autoria do advogado Ademar Riguera, a assessoria de Coelho diz que Lima, após dar depoimento à Procuradoria em agosto, “cuidou de distribuir cópias em Petrolina, enviando, inclusive, de forma apócrifa, o documento ao próprio caluniado, numa demonstração clara do seu real intento -extorquir o ex-prefeito”.
Sobre um bilhete que Lima apresentou, com a assinatura de Coelho, a defesa do ex-prefeito disse que houve uma “fraude grosseira”, o que seria “comprovado após a realização de exames grafotécnicos já solicitados”.
Lima negou ontem ter enviado cópia do depoimento ou tentado qualquer extorsão. “É mentira dele, não tem nada a ver.
Quero que prove que eu mandei levar.
Em nenhum momento eu falei disso.
Não sou de fazer chantagens com ninguém.” Lima reafirmou que decidiu trazer o assunto a público após ter sido, segundo ele, injustamente condenado por dívidas com a União contraídas por sua empresa que, em tese, estava sendo utilizada pelo grupo de Coelho para fazer pagamentos a líderes de bairros e emitir notas fiscais.
Chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho disse que o caso tem que ser analisado e que Coelho “não estava tão certo assim” no ministério.
A avaliação no núcleo de transição é que, no mínimo, Coelho chegará fraco à Esplanada.
O secretário do governador Eduardo Campos pode ficar com os Portos ou a Integração Nacional.