Do iG A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira nove mandados de busca e apreensão contra os ex-diretores do banco Panamericano.

Na manhã desta quinta-feira, viaturas estiveram no condomínio de luxo Eden Roc, no bairro de Itaim Bibi, em São Paulo.

Por volta das 7h, três carros da PF estacionaram em frente ao condomínio, onde Rafael Palladino, ex-diretor superintendente do banco, possui sete apartamentos.

Uma fonte, que prefere não ser identificada, informou ao iG que ninguém foi preso e que os policiais não sairam com nada do local.

A PF recebeu documentos produzidos pelo Banco Central que provam indícios dos crimes financeiros, provas da autoria e, também, documentos que levam ao rastreamento da quantia bilionária supostamente desviada do banco pelos ex-diretores desligados da instituição financeira.

De acordo com a nota divulgada pela PF, os crimes investigados pela PF são gestão fraudulenta, indução de investidor em erro, inserção de elemento falso em demonstrativos contábeis, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

As penas somadas podem chegar a 37 anos de cadeia.

Segundo funcionários do condomínio, a ação da PF no local foi um engano e nenhum dos ex-diretores do banco reside no condomínio.

O banco Panamericano foi procurado pela reportagem do iG, mas informou que ainda não vai se manifestar sobre o assunto.

O caso O caso Panamericano veio à tona quando, no mês de novembro, o banco recebeu um aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com garantia de bens do grupo Silvio Santos, controlador da instituição.

O aporte foi destinado ao restabelecimento do pleno “equilíbrio patrimonial” e “ampliação da liquidez operacional” para preservar o atual nível de capitalização.

O banco identificou “inconsistências contábeis” que não permitiam que as demonstrações financeiras refletissem a real situação patrimonial da entidade.

Em 2009, o Banco Panamericano fechou acordo com a Caixapar, uma subsidiária da Caixa Econômica Federal, para a venda de 49% do seu capital votante e 21% das ações preferenciais, incluindo um acordo de acionista para participação da instituição pública na sua gestão.