Por Ana Laura Farias, do Blog de Jamildo Carlos Porto, o conselheiro que pediu vistas, causando adiamento da audiência do TCE sobre as contas da Fundarpe e da Empetur, voltou hoje do período de férias.

Ele seria substituído por Luiz Arcoverde, ex-auditor geral do TCE.

Com o atraso na votação, a questão da Empetur deve ser resolvida em janeiro.

O relator, Marcos Loreto, defende a condenação de José Ricardo Diniz, ex-presidente da Empetur, ao pagamento de multa de R$ 12 mil.

Os outros dois conselheiros precisam votar a proposta.

Quanto ao secretário de Turismo, Sílvio Costa Filho, Loreto entendeu que ele não tinha culpa quanto aos convênios, por não ser gestor da Empetur.

A empresa é subordinada à pasta de Turismo.

Sílvio Costa Filho não compareceu à audiência.

José Ricardo Diniz saiu logo após o pedido de vistas do auditor e se negou a falar com a imprensa.

A estratégia do advogado do ex-diretor foi a de responsabilizar as empresas e produtoras pelas fraudes no convênio, eximindo a direção de culpa.

A nova votação das contas da Empetur deve ficar para o dia 11 de janeiro.

Segundo Loreto, a fiscalização realizada pela Empetur foi meramente formal e pouco efetiva.

O relator Loreto expressou, em seu voto, recomendações para o ajustamento de próximos shows no Estado.

O julgamento da Fundarpe saiu da pauta de hoje.

Sob a presidência de José Ricardo Diniz, a Empetur teria pago cachês artísticos acima do mercado para a realização de um programa turístico de veraneio.

Noutro caso, nas festividades natalinas de 2008, a entidade liberou verbas para shows-fantasma.

Várias prefeituras envolvidas eram lideradas por prefeitos do PTB, mesmo partido do então secretário de Turismo, Sílvio Costa Filho.

Fragilizados, ele e José Ricardo Diniz pediram demissão após as denúncias.