Depois de analisar outros eventos, como eventos em Belém de São Francisco, Ipojuca, Petrolina, Recife Araripina, Bom Conselho, os auditores disparam. “Os eventos/pólos listados mostram grande predomínio de uma ou duas produtoras, nas contratações dos artistas.
Assim, pela grande quantidade de situações mostradas e artistas envolvidos e pela maneira que se configuram esses eventos, a possibilidade de terem os artistas livremente escolhidos seus legítimos empresários, de forma natural e sem intervenção externa, torna-se improvável”, escrevem os auditores.
No evento intitulado Nação Cultural, realizado no município de Exu, houve a contratação de 183 artistas/bandas, com um custo de R4 1,2 milhão. “Todos esses artistas tiveram o mesmo empresário exclusivo”.
Trata-se da empresa Nova Era Promoções e Organizações de Eventos Artísticos.
A situação se repete no evento Nação Cultural em Floresta.
Todas as 202 contratações foram realizadas também pela Nova Era Promoções e totalizaram R$ 2 milhões.
Comentário do blog: Depois da leitura integral do documento do TCE, a única ressalva que se pode fazer é quanto aos donos do laranjal.
O trabalho aponta que uma série de empresas é fantasma, há superfaturamento nos pagamentos, fraude em assinaturas e tudo o mais.
No entanto, não se aponta quem seria o dono ou os donos do laranjal.
No mercado de cultura local, alguns nomes poderosos são apontados.
Assim, o trabalho repete levantamento do Ministério Público Federal no escândalos da Empetur.
Apontou-se um produtor do Cabo e sua pequena gangue, que usava escritório como lavanderia, mas os contratantes do serviço tão especial nunca foram expostos.