O relatório técnico da auditoria do TCE sobre a Fundarpeo implica, além de Luciana Azevedo, 12 servidores da Fundarpe, 26 empresários ou sócios de empresas e 16 firmas de eventos, que são as que pertencem aos sete grupos supostamente favorecidos pela fundação.
Os auditores do TCE recomendam várias condenações a todos os envolvidos, mas as de maior força para Luciana Azevedo e dois diretores da Fundarpe, Rosa Santana e Carlos Alberto Carvalho.
Eles teriam que devolver R$ 5,097 milhões ao erário, valor pago por eventos que não teriam acontecido, além de uma multa a ser fixada, sem prejuízo de outras penalidades a serem determinadas no julgamento do TCE.
O documento não leva em conta a defesa apresentada por Luciana e os outros interessados.
Que não veio a público.
O destino final do caso pode ser conhecido nesta quinta-feira, quando o relator do caso no TCE, conselheiro Marcos Loreto, formula seu voto antes do julgamento no Pleno.
Nos bastidores, a aposta é de que alguém pediria vistas, numa atitude protelatória, para não melar o final de ano tão bom, com anúncio até de uma montadora da Fiat.
Em defesa enviada ao JC, no começo de dezembro, a assessoria de comunicação da Fundarpe ressaltou que a peça da auditoria do TCE é “um estudo preliminar” e “opinativo”. “A Fundarpe estranha o vazamento de relatório sigiloso do TCE, numa fase preliminar em que a própria fundação ainda estrutura sua defesa, e antes mesmo do posicionamento oficial por parte do órgão julgador, causando prejulgamento”, registra.
O texto lembra que o relator do caso, conselheiro Marcos Loreto, ainda não se pronunciou. “É um estudo preliminar e meramente opinativo a ser apresentado ao conselheiro-relator, que receberá também desta fundação a defesa prévia.” Luciana Azevedo e os 12 servidores citados como “responsáveis” pelas irregularidades serão defendidos através de uma peça única.