Na página número 68 da auditoria, os técnicos do TCE tratam, com ironia, de um show realizado no Recife Antigo pelo músico Antúlio Madureira.
Ao preço de R$ 24 mil.
A apresentação ocorreu na Torre Malakof, no dia 24 de fevereiro do ano passado.
Eles reclamam que a justificativa de preço apresentada pela Fundarpe, desacompanhada de qualquer documento probante, suplanta em três vezes o valor que o artista recebeu. “Conforme informado pelo próprio artista, o valor ajustado e pago pela produtora não-exclusiva Equipe Eventos e Publicidade Ltda foi de R$ 7,5 mil”, apontam. “Novamente, com a quantia despendida, a Fundarpe realizaria três apresentações.
Ou seja, pagou uma ao preço de três”, descrevem os auditores.
O curioso é que, na justificativa de preços, teria sido contratada uma apresentação completa.
O artista informou no TCE que foi contratado para uma apresentação compatca, pelo empresário Waldemar Filho, da Equipe. É curioso ainda, segundo notam os auditores, que o artista tem a sua própria empresa, denominada Artes Madureira.
Caso não existisse o intermediário, o preço seria menos, com economia dos recursos públicos.