Do Jornal do Commercio O governo não conseguiu cumprir a totalidade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para acabar este ano, conforme admitiu hoje a coordenadora do programa e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Segundo ela, 18% dos projetos previstos para 2010 ficarão para os próximos anos, o que representa um total de R$ 97,8 bilhões.
O valor total do PAC para o período de 2007 a 2010 representava R$ 657,4 bilhões, mas, em função do cronograma de obras, nem todos os projetos terminariam este ano.
A expectativa era que uma fatia de 17,6% das obras, que incluem usinas do Rio Madeira, refinarias do Nordeste, Transnordestina e o Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco, por exemplo, terminassem nos anos seguintes.
Durante o balanço dos quatro anos do PAC, o governo explicitou que do total de ações previstas, excluindo-se saneamento e habitação, 62% estavam concluídas ao final de outubro.
Uma fatia de 30% estava em operação em um ritmo considerado adequado e 6% em estado de atenção.
O governo revelou ainda que 2% das ações foram classificadas como preocupantes – ainda que baixo, o porcentual é o dobro do verificado em dezembro do ano passado e em abril deste ano.
Além de projetos nas áreas de ferrovias, empresa naval e irrigação, a futura ministra destacou que o PAC foi o responsável por toda a discussão feita em torno do programa Minha casa, minha vida. “Este é um programa de absoluto sucesso a despeito de todas as desconfianças iniciais sobre ele”, argumentou.