Tatiana Resende, da Folha de São Paulo Bares, restaurantes, hotéis e agências de viagem projetam crescimento no faturamento embalados pelo aumento da confiança do consumidor no cenário econômico, do número de pessoas empregadas, elevação da renda e gastos da classe C.
Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), prevê uma expansão de 10% na receita de 2010 e ainda maior (12%) nas festas de final de ano no confronto com 2009. “As pessoas estão muito otimistas e gastando com menos medo.
Até as gorjetas aumentaram”, afirma.
O executivo lembra que o aumento estimado supera a projeção para o PIB –em torno de 7%– e isso se deve ao fato de que o setor, historicamente, cresce mais do que a economia, assim como tem queda superior em tempos de crise.
Solmucci destaca ainda a chegada do consumidor da classe C, que “gasta com menos frequência, mas gasta” e faz a diferença pela quantidade.
Já Enrico Fermi, presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), ressalta o aumento do turismo interno puxado por essa faixa da população. “Estamos crescendo com a classe C, que ainda não conhece o país e está viajando pela primeira vez.” Sobre a diferença entre as tarifas cobradas há um ano, o executivo afirma que os preços apenas acompanharam a inflação e a expectativa é que o faturamento real do setor seja “um pouco melhor” do que em 2009.
Como os brasileiros não têm o hábito de viajar no Natal, a ocupação fica em torno de metade dos leitos.
Já no Ano-Novo chega a 90% em cidades litorâneas do Nordeste e no Rio de Janeiro, enquanto “São Paulo esvazia”, já que a movimentação é mais concentrada no turismo de negócios.